Conectividade, o passo que faltava para o futuro
Entre as transformações recentes, a conectividade é uma das que mais impactará os transportes, no futuro próximo.
Sérgio Gomes *
A velocidade das transformações na sociedade está se processando cada vez mais rapidamente e isso envolve mudanças no ambiente de negócios também. As mudanças de hábitos e atitudes são um bom exemplo. As nações desenvolvidas e agora também os emergentes vêm experimentando uma forte movimentação para a áreas urbanas.
As cidades com mais de 10 milhões de habitantes vão dobrar em 10 anos e a porção do PIB global dos países emergentes já tornou-se igual ao das nações desenvolvidas a partir de 2012.
Essas mudanças certamente vão impactar o setor do transporte. E positivamente. Podemos afirmar que, tecnologicamente falando, a conectividade é um dos principais drivers nesse futuro não tão distante.
Ela estará fortemente ligada à funcionalidade, proporcionando maior transparência do conhecimento e da informação.
O fácil acesso às informações do veículo, da carga e do motorista, independentemente de onde se esteja - em casa, no posto de abastecimento ou dirigindo ? traz uma vasta gama de possibilidades para aprimoramentos em diversas áreas.
Evitar problemas também será muito mais fácil, tanto no que diz respeito às condições do trânsito, como na visão transporte e do tráfego como um todo. Redefinir rotas, substituir ou socorrer veículos avariados com mais agilidade, ou simplesmente redimensionar a frota circulante de acordo com a demanda de um horário específico, são alguns exemplos já praticados por alguns gestores de frota que possuem recursos de conectividade.
O auto treinamento, de forma simples e efetiva, possibilitará a motoristas não tão familiarizados tornarem-se ?amigos? na nova situação e da nova tecnologia com muito mais facilidade do que acontecia até recentemente.
Como efeito da conectividade e dos recursos gerados por ela, uma nova situação deve se formar. Ela será um novo agente de mudança de comportamento no transporte rodoviário e urbano. Em outras palavras, será um forte aliado no desenvolvimento do setor de transporte.
Entre as vantagens que proporcionará, é possível enumerar algumas como a adaptabilidade do veículo às habilidades do motorista, a redução dos custos com manutenção preventiva, o aumento de produtividade do veículo e do motorista, a redução dos acidentes de trânsito, das emissões e dos ruídos, só para citar as principais.
O fato de estarmos, no Brasil, apenas começando a experimentar tais recursos, nos dá também o benefício de poder escolher entre as diversas soluções já desenvolvidas e praticadas ao redor do mundo, adaptadas à situação de infraestrutura existente.
E estou certo de que criatividade brasileira se encarregará de conferir o colorido verde-amarelo, ao implantarmos aqui as ferramentas e sistemas mais adequados à nossa realidade.
* Sérgio Gomes, ex-diretor de estratégia do Grupo Volvo na América Latina, é especialista em Estratégia e Negócios e sócio diretor da Sérgio Gomes Consulting
As rodovias federais líderes em acidentes
Em 2012, os estados de Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina tiveram o maior número de acidentes, com 26.711, 20.739 e 18.276 ocorrências respectivamente. Minas Gerais também lidera a lista dos estados com maior número absoluto de vítimas fatais, com 1.196 mortos, seguido pela Bahia, com 859, e pelo Paraná com 854 mortos.
As rodovias MG 381, RJ 101 e BA 116 concentram o maior número de vítimas fatais por trecho de rodovia, com 277, 265 e 252 mortos, em números absolutos. A letalidade para estes estados é de 27,2; 43,2 e 91,2 mortos a cada mil acidentes, respectivamente.
Estas e outras informações sobre acidentes de trânsito podem ser encontradas no Atlas da Acidentalidade, um levantamento produzido a partir da análise estatística do banco de dados dos acidentes registrados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) entre 2008 e 2012, nas 103 rodovias federais que cortam o país.
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Confira a versão online ou faça o download (ZIP/PDF) do Atlas da Acidentalidade.
Rodeio de Caminhões Raízen: os vencedores
O Rodeio de Caminhões Raízen contou com a participação de 15 motoristas selecionados nas 5 etapas classificatórias e um público de 500 pessoas, entre familiares dos motoristas, proprietários, executivos e equipe das transportadoras, funcionários e executivos da Raízen, e convidados.
O rodeio faz parte do programa anual de segurança da Raízen ?Campanha Zero Acidentes?, e conta com o apoio do programa Volvo de Segurança no Trânsito. Os participantes do evento puderam conferir a ?Cabine Tilt?, uma cabine de caminhão que simula o tombamento do veículo, mostrando a importância do uso do cinto de segurança.
Raízen
Criada a partir da junção de negócios de Shell e Cosan, a Raízen é a principal fabricante de etanol de cana-de-açúcar do Brasil, com produção de cerca de 2 bilhões de etanol (da cana-de-açúcar) por ano. A atuação inclui ainda a produção de 4 milhões de toneladas de açúcar e a comercialização de 1,8 milhão de MWh de energia elétrica anualmente. Possui mais de 4.700 postos Shell e está presente em 54 aeroportos e 58 terminais.
Concurso Nacional Poesia para a Vida - Trânsito
A câmara Catarinense do Livro está lançando o 1º Concurso Nacional: Poesia para a Vida, com o tema Trânsito. Os participantes podem ser brasileiros de qualquer região do país, maiores de 16 anos. Para participar basta enviar duas poesias inéditas aos organizadores.
Os vencedores terão seus poemas publicados em livro que reunirá 80 poesias e será publicado de forma cooperada, mediante o pagamento de R$ 195,00 por cada poeta classificado.
O livro “Poesias para a Vida – Trânsito” terá edição de 1.500 exemplares, sendo que 300 deles serão distribuídos em escolas como material didático para educação no trânsito.
As inscrições podem ser feitas até 16 de junho. Confira o regulamento e mais informações no link:
http://cclivro.blogspot.com.br/2014/05/1-concurso-nacional-poesia-para-vida.html
Rodeio de Caminhões estimula direção segura
Acontece neste próximo domingo, 25 de maio, no Riocentro, Rio de Janeiro, a etapa final do 3º Rodeio de Caminhões Raízen. O Rodeio é uma competição que testa as habilidades dos motoristas em manobras com objetivo de incentivar a adoção de práticas de direção segura no trânsito. O vencedor ganha um carro zero Km.
O rodeio faz parte do programa anual de segurança da Raízen ?Campanha Zero Acidentes?, e conta com o apoio do programa Volvo de Segurança no Trânsito. Os participantes do evento poderão conferir a ?Cabine Tilt?, uma cabine de caminhão que simula o tombamento do veículo, mostrando a importância do uso do cinto de segurança.
Criada a partir da junção de negócios de Shell e Cosan, a Raízen é a principal fabricante de etanol de cana-de-açúcar do Brasil, com produção de cerca de 2 bilhões de etanol (da cana-de-açúcar) por ano. A atuação inclui ainda a produção de 4 milhões de toneladas de açúcar e a comercialização de 1,8 milhão de MWh de energia elétrica anualmente. Possui mais de 4.700 postos Shell e está presente em 54 aeroportos e 58 terminais.
Falta de atenção é principal causa de acidentes
Segundo informações do Atlas da Acidentalidade, em 2012 foram registrados 184 mil acidentes nas rodovias federais do país, com um saldo de 8.665 mortos. O número equivale a uma média de 23,7 mortes por dia, praticamente uma por hora.
O trabalho aponta também os índices de gravidade de acordo com o motivo do acidente. Quanto mais alto o índice, maior a gravidade. Em 2012, a causa do maior número de acidentes foi falta de atenção ao dirigir, com 61.176 ocorrências e índice de gravidade 2,9. Já a ultrapassagem indevida foi responsável pelos acidentes mais graves, com 4.132 acidentes e um índice de gravidade 5,6. Ela é seguida da ingestão de álcool, com 7.592 acidentes e índice 4,4, e do dormir ao volante, com 4.625 acidentes e índice de gravidade 4,0.
Segundo o documento, a maior parte dos acidentes acontece durante o dia. Já os mais letais ocorrem no período da madrugada, por volta das 4 horas da manhã. Os acidentes de maior gravidade foram registrados aos domingos, com 70 mortos por mil acidentes, e aos sábados, com índice de 60 mortos por mil acidentes.
Saiba mais
Confira a versão online ou faça o download (ZIP/PDF) do Atlas da Acidentalidade.
Airbag, a ajuda instantânea
A Volvo foi a primeira fabricante de caminhões pesados do mundo a introduzir o airbag do motorista, em 1994, como item de linha de produção em seus caminhões pesados.
O airbag é uma almofada que, em uma colisão frontal, infla rapidamente, a partir do centro do volante, protegendo o motorista do impacto da colisão.
O airbag dos caminhões é projetado para reduzir as lesões, evitando que a cabeça e peito batam no volante, no painel de instrumentos ou na parte superior do para-brisa. Ele atua apenas em graves colisões frontais, quando um motorista com cinto de segurança precisa de proteção extra para a parte superior do corpo.
Sensores instalados no veículo respondem a certos tipos de impactos frontais, e acionam o airbag. Um grande fluxo de gás é injetado na almofada, inflando-a em uma fração de segundo. A almofada absorve o impacto da cabeça e parte superior do corpo do condutor. Após um segundo, o gás se dissipa rapidamente através de pequenos orifícios, para liberar espaço.
Importante: Para o airbag funcionar de forma eficaz, é essencial manter o cinto de segurança sempre afivelado. O airbag é projetado para funcionar em conjunto com o cinto de segurança, e não para substituí-lo.
Veja no crash test como o airbag funciona.
Atlas da Acidentalidade é embrião para mudanças, diz especialista
O professor da Unicamp Sebastião Amorim acredita que o Atlas da Acidentalidade poderá dar início uma série de mudanças na forma como tratamos os acidentes de trânsito no país. Amorim é professor do Departamento de Estatística da Unicamp e Diretor da Tecnometrica, empresa especializada em Engenharia da Informação, que produziu o atlas.
?O Atlas é um embrião para uma evolução nos processos de coleta e estruturação de dados precisos sobre a segurança no trânsito em nosso país, e também na própria forma de atuarmos sobre a segurança no trânsito?, afirma o professor.
Para ele, o levantamento realizado ?desperta para a necessidade de uma convenção nacional de coleta de informações e estatísticas sobre segurança no trânsito, de forma a permitir consolidar, num futuro próximo, informações das rodovias federais com outras, coletadas pelas polícias rodoviárias estaduais e municipais?.
Ele reconhece a falta de disponibilidade de recursos das forças policiais estaduais e municipais para coletar e armazenar informações sobre os acidentes, mas destaca que ?talvez estejamos dispendendo energia no lado errado do problema: é comum ouvir que é mais importante o policial estar na estrada, atendendo acidentes, do que dentro do escritório, preenchendo dados em um formulário de computador. Entretanto, a análise das informações permite desenvolver soluções pontuais para reduzir os acidentes nos locais de maior incidência, o que pode reverter em melhor aproveitamento da força policial rodoviária. Assim, se o policial tiver menos acidentes para atender, poderá atuar em tarefas preventivas, inclusive a própria compilação de dados e manutenção de uma boa base de informações?.
O Atlas da Acidentalidade foi produzido a partir da análise estatística do banco de dados dos acidentes registrados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) entre 2008 e 2012, nas 103 rodovias federais que cortam o país. O trabalho envolveu, durante quase um ano, a participação de consultores e estatísticos.
?A base de dados da Polícia Rodoviária Federal é excelente. Pudemos trazer ao público desde os números gerais sobre acidentes até uma análise específica sobre o transporte comercial, com muita qualidade na informação?. Ele destaca que não se trata de amostragem estatística, mas de uma base de dados que revela o universo total dos acidentes registrados nas rodovias federais ?e obtidos com um padrão único e de alta qualidade, tanto no Ceará quanto no Rio Grande do Sul ou em qualquer outro ponto do país?.
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Tragédias com ônibus poderiam ser evitadas
O cinto de segurança poderia ter evitado mortes e ferimentos graves aos passageiros de dois acidentes de trânsito ocorridos durante o último fim de semana. ?O simples uso da tecnologia disponível poderia ter evitado um dos acidentes, ou pelo menos reduziria os danos em ambos – se todos usassem o cinto de segurança?, comentou a coordenadora do programa Volvo de Segurança no Trânsito, Anaelse Oliveira, a partir das informações divulgadas na imprensa sobre os acidentes.
A reportagem do Jornal Hoje na TV Globo desta segunda feira mostra como passageiros que usavam o cinto se salvaram e outros, que não usavam, foram arremessados para fora de seus lugares e até para fora do veículo, durante os acidentes. A matéria mostra dois acidentes graves ocorridos neste fim de semana: o de Canindé, que provocou a morte de 18 pessoas e deixou outras 21 feridas, e outro, na BR 262 em Minas Gerais, onde morreram 9 pessoas e outras 45 ficaram feridas.
Veja a reportagem completa no site do G1.
Talvez um dos acidentes, em Canindé, no Ceará, pudesse ser evitado, se o veículo contasse com o ESP, Electronic Stability Program, que evita tombamento do ônibus durante curvas bruscas ou mesmo em pista molhada e escorregadia. De acordo com testemunhas, o ônibus do acidente ocorrido no Ceará perdeu o controle e tombou após tentar desviar de uma motocicleta que teria cruzado a pista inesperadamente. Uma situação semelhante, de manobra brusca com curva repentina, é o exemplo típico de demonstração usado para mostrar a eficiência do ESP, o Electronic Stability Program.
Assista o vídeo e veja como o ônibus consegue sair de uma manobra brusca sem perder o controle, graças ao ESP.