Contran torna obrigatório uso do simulador de direção

Os Centros de Formação de Condutores têm até dia 31 de dezembro para se adaptarem às novas regras

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran), órgão do Ministério das Cidades, publicou nesta segunda-feira (20), no Diário Oficial da União, portaria que torna obrigatória a utilização do simulador de direção veicular nos centros de formação de condutores (CFCs). Segundo o órgão, o pedido da volta da obrigatoriedade partiu dos Departamentos de Trânsito (Detrans) de todo o País.

Até agora, somente os estados do Rio Grande do Sul, Acre, Paraíba e Alagoas exigem as aulas nos simuladores.

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O que muda

Os candidatos à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação ou aqueles motoristas que irão mudar de categoria, serão obrigados a fazer, no mínimo, cinco horas/aula, de simulação, sendo uma com conteúdo noturno. As aulas deverão ocorrer após o aluno ter feito o curso teórico e antes de iniciar a prática nas ruas. Inicialmente a determinação vale para os que vão dirigir carros de passeios, na categoria B. Numa segunda etapa, será obrigatório o uso do simulador para quem dirigir veículos comerciais, caminhão, ônibus e motos.

Segundo o presidente do Contran, Alberto Angerami, a maior preocupação é com a segurança no trânsito. “Já tivemos bons resultados nos sstados que aplicaram a medida, principalmente no Rio Grande do Sul, onde foi registrada redução do número de acidentes após a obrigatoriedade do simulador”, explicou.

Fonte: Ministério das Cidades 


Gerenciamento de Frota Volvo aumenta rentabilidade da operação

O sistema de Gerenciamento de Frotas da Volvo auxilia os operadores de transporte de passageiros no acompanhamento da operação, contribuindo para decisões que garantam maior eficiência e segurança à operação, e rentabilidade aos negócios. 

 “É uma ferramenta que coloca a tecnologia a favor dos negócios dos clientes, pois oferece a eles informações que os ajudam a traçar uma estratégia para reduzir os custos operacionais e, consequentemente, aumentar a rentabilidade dos negócios”, afirma Luis Carlos Pimenta, presidente da Volvo Bus Latin America.

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O Gerenciamento de Frotas oferece ao transportador uma visão completa da operação, por veículo e por motorista. É possível acessar informações como consumo de combustível, emissão de poluentes, horas rodadas, velocidade média, percentual de operação em faixa econômica, em marcha lenta e número de ativações do freio, por exemplo. Além disso, é possível acompanhar a posição do ônibus em tempo real, identificando atrasos, paradas não planejadas e desvios de rotas.

“Com essas informações em mãos, os empresários podem adotar ações para aumentar a performance tanto do veículo quanto do motorista, o que garante  mais conforto e segurança ao passageiro, e redução de custos com consumo de combustível e manutenções”, explica Vinícius Gaensly, responsável pela área de telemática da Volvo Bus Latin America.

No modo eventos do veículo, o operador acessa informações que mostram as condições do veículo e códigos de falha. Já por meio do módulo perfil de condução há a possibilidade de identificar o comportamento do motorista, revelando a marcha usada, a rotação e a aceleração.

Aliando os dados de operação e condução, o operador pode investir no treinamento dos motoristas com base em informações concretas, que auxiliam a identificar pontos de melhoria de acordo com o perfil de condução de cada um deles.  “A maneira de conduzir influi diretamente no consumo de combustível e na vida útil das peças. Os treinamentos melhoram o desempenho do motorista, contribuindo para reduzir o consumo de combustível e aumentar a vida útil dos componentes e o conforto dos passageiros”, comenta Gaensly.

O Gerenciamento de Frotas pode ser instalado nos chassis rodoviários e urbanos da Volvo. São quatro opções que podem ser adquiridas combinadas ou separadamente, de acordo com a necessidade do cliente: relatórios, eventos, posição e perfil de condução.


Governo regulamenta condições de segurança e saúde para motoristas

O Ministério do Trabalho e Emprego publicou no dia 9, no Diário Oficial da União, portaria regulamentando condições de conforto, segurança, sanitárias e de repouso em locais de espera para motoristas profissionais do transporte rodoviário de cargas e passageiros. Entre as determinações, a exigência de que os gabinetes sanitários sejam privativos e tenham porta de acesso.

A portaria estabelece ainda que haja um gabinete sanitário, um lavatório e um chuveiro, por sexo, a cada 20 vagas destinadas aos veículos conduzidos pelos motoristas profissionais. Também fica proibido o uso de banheiros químicos. Segundo o Ministério do Trabalho, as instalações sanitárias devem ter chuveiros com água fria e quente e condições de higiene e conservação adequadas.

O ministério determina prazo de um ano para que os locais de descanso já existentes se adequem às distâncias exigidas para instalações sanitárias. Também é de um ano o prazo para cumprir a necessidade de pavimentação ou calçamento da área de circulação de veículos.

De acordo com a portaria, o ambiente de refeições pode ser de uso exclusivo dos motoristas ou compartilhado com o público, mas deve sempre permitir acesso fácil às instalações sanitárias e ao sistema de água potável.

Uma portaria tratando do mesmo tema já havia sido publicada em abril. Segundo o Ministério do Trabalho, o texto de hoje substitui o anterior, que fica revogado. Ainda segundo a pasta, a nova portaria “complementa e retifica” as regras publicadas em abril.

Escrito por Agência Brasil


ANTT publica regulamentação para serviços de transporte rodoviário de passageiros

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) divulgou o novo regulamento sobre as regras dos serviços de transporte interestadual e internacional de passageiros. A Resolução nº 4.777 entra em vigor a partir de 7 de agosto e susta as normas previstas na anterior, de 2005.

Segundo a Agência, as novas regras vão atender solicitações do setor para aperfeiçoamento do atendimento aos clientes. A prestadora de serviço deverá ter um termo de autorização da ANTT para emitir as licenças de viagens. As empresas deverão fazer o recadastramento antes do término da vigência do contrato anterior, que possui prazo de três anos, para renovação da documentação.

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Pelas novas regras, veículos do tipo microônibus e ônibus usados para o transporte devem ter até 15 anos de fabricação. As frotas deverão ser submetidas a inspeções anuais e as empresas serão obrigadas a darem assistência aos passageiros em caso de ocorrências que impeçam continuidade da viagem no veículo.

As transportadoras também devem estar de acordo com a Resolução ANTT nº 4.499/2014, que trata sobre a implantação e o gerenciamento dos sistemas de monitoramento do transporte rodoviário de passageiros (Monitriip).

Concessões
A Resolução 4.770 publicada no Diário Oficial da União pela ANTT, e que estabelece critérios para a prestação do serviço de transporte coletivo interestadual e internacional de passageiros, passa a valer no final deste mês.

Com a nova norma, os serviços passam a ser feitos somente por autorização, sem caráter de exclusividade ou de preços dos serviços e tarifas. As empresas operavam antes com permissão, contratadas por meio de licitações, ou por autorização especial. O transporte interestadual semiurbano de passageiros mantém-se por meio de permissão.

Para obter autorização, as empresas interessadas devem possuir regularidade jurídica, fiscal e trabalhista; regularidade financeira; experiência no ramo; submeter a frota anualmente à inspeção técnica veicular; apresentar instalações adequadas para a prestação dos serviços; implantar sistema de monitoramento; entre outras exigências. As empresas operadoras terão 120 dias para se adaptar às novas regras.

De açodo com a ANTT, as novas regras vão oferecer melhorias na prestação do serviço. As regras também vão exigir das empresas a constante atualização de tecnologia veicular como, por exemplo, a idade máxima de 10 anos para os ônibus e idade média de cinco anos para a frota. Também são exigidos às empresas maior flexibilidade e agilidade no atendimento de novos mercados, facilitando o ajuste da oferta à demanda de transporte; entre outras melhorias.

 

Fonte: Radar Nacional


Volvo cria conceito de cadeirinha do futuro

Assento pode girar 180° e permitir que passageiros cuidem da criança com o carro em movimento

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Volvo/Divulgação

A Volvo apresentou um conceito de assento infantil para os pais que quiserem transportar seus pequenos com muito estilo e segurança. A cadeirinha substitui todo o banco do passageiro da frente e a criança pode viajar virada para frente ou para trás, na posição mais indicada para crianças muito pequenas. Além disso, há vários compartimentos para levar objetos do bebê, como mamadeiras, fraldas e lenços para uso rápido. Embaixo, uma grande gaveta pode acomodar bolsas e outros pertences.

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Segundo a Volvo, esse tipo de assento específico deverá ganhar espaço no futuro com os carros autônomos, onde o motorista terá mais tempo para realizar outras atividades enquanto o carro se desloca, como cuidar com mais atenção dos pequenos viajantes.


Falta de cinto rende 1 multa a cada 2 minutos

A Polícia Rodoviária Federal aplicou 152,5 mil multas a motoristas e passageiros que não respeitaram a obrigatoriedade do uso do cinto de segurança tanto no banco dianteiro quanto no banco traseiro de veículos neste ano. A quantidade de autuações faz referência aos seis primeiros meses de 2015 e equivale a uma multa a cada dois minutos nas rodovias federais que cortam o País. Na semana passada, o cantor sertanejo Cristiano Araújo morreu em um acidente de trânsito na Rodovia BR-153, em Goiás, e a polícia investiga a suspeita de que o artista e sua namorada, Allana Coelho, de 19 anos, não usavam cinto de segurança.

Eles estavam no banco de trás no momento do acidente. A falta do equipamento teria potencializado os ferimentos que levaram à morte do casal. Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada no início deste mês, mostrou que 20% da população não usa cinto de segurança no banco da frente. A situação é ainda mais grave nos bancos traseiros: metade dos entrevistados admitiu que não usa o equipamento obrigatório.

Para o coordenador técnico do Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi), Alessandro Rubio, a falta de costume em usar o cinto, em especial nos bancos traseiros, pode ser explicada pela falsa sensação de segurança dos passageiros. “O brasileiro pensa que está protegido pelo banco dianteiro. Temos de passar a ter consciência de que o cinto é uma ferramenta fundamental de segurança, independentemente do local do veículo em que você esteja. Temos de usar sempre.” A falta de utilização do cinto nos bancos traseiros pode representar risco até mesmo para quem está dirigindo. “Acredito que o passageiro que não usa o cinto faz isso por falta de informação. Ele acaba não tendo noção do risco que está correndo e do risco a que expõe os demais ocupantes”, acrescentou. A PRF não distingue quantas infrações ocorreram no banco traseiro ou no dianteiro, mas revela que é bastante usual ambas as modalidades desse tipo de ocorrência.

Em 2013, foram flagrados 248.039 casos e, no ano seguinte, 231.522. A infração é considerada grave no Código de Trânsito Brasileiro e é punida com multa de R$ 127,69 e registro de cinco pontos na carteira de habilitação. Os números no Brasil, porém, são bem maiores, já que os dados da PRF fazem referência apenas a vias federais. O Departamento Estadual de Trânsito (Detran) de São Paulo, que fiscaliza as vias estaduais, informou ter aplicado, no ano passado, 149.113 multas por falta do uso de cinto, tanto por condutores quanto por passageiros. O número foi 1% menor em relação a 2013, quando 150.622 autuações foram aplicadas pela mesma infração no Estado.

O Detran-SP acrescentou que não tem dados parciais sobre as multas neste ano. Educação. Para o diretor-presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária, José Aurélio Ramalho, a mudança no costume tem de ser estimulada desde a escola e também na formação de novos motoristas. “Na autoescola se aprende que, se você não usar o cinto, será multado. Isso é uma forma errada de ensinar. Se você não usar o cinto, estará desprotegido e, por isso, é fundamental utilizá-lo”, disse. Ele exemplifica que uma pessoa de 60 quilos sendo transportada a 60 km/h no banco traseiro, em caso de parada brusca, transforma-se em um peso de cerca de uma tonelada e meia que pode atingir os demais ocupantes. Ramalho propõe uma reflexão sobre a importância do tema. “Sempre pedimos ferramentas de segurança mais modernas nos automóveis, e a indústria tem nos entregado isso ultimamente. E por que não usamos o cinto?.”

Fonte: O Estado de SP| 28/06/2015


Bebida não alcoólica ao volante também pode causar acidentes

Os porta-copos são aliados dos motoristas para um hábito inocente de se hidratar enquanto dirige. Mas tudo que desvia a atenção do trânsito pode trazer prejuízos

por DANIELA SARAGIOTTO

Porta-copos: não vá derramar! (Foto: Divulgação)

Que álcool e direção não combinam todo mundo sabe. Agora, quando o assunto é o consumo de sucos, refrigerantes ou mesmo água dentro do carro há um senso comum de que se trata de um hábito inocente, mesmo se praticado pelo motorista. Mas não é bem assim; tudo que desvia a atenção do trânsito pode causar acidentes e trazer prejuízo.

A publicitária Ana Elisa Kirschner tem 27 anos e aderiu ao costume desde que se habilitou, aos 18. Ela bem sabe como esse hábito pode custar caro. “Bebo muito líquido, principalmente água, por isso sempre levo uma garrafa ou copo grande. Meus carros precisam ter bons porta-copos, porque eles também são usados para apoiar meu celular”, diz.

Uma noite, saindo de um restaurante com amigas, ela conta que colocou a bebida que consumia no porta-copos. “Precisei ligar meu GPS porque não sabia ir embora da onde estava e, sem perceber, mergulhei o celular no copo cheio. A música parou e o GPS também, só aí vi o que eu tinha feito”, lembra. O prejuízo foi grande: Ana Elisa perdeu o iPhone 4S com quatro meses de uso, além de fotos e músicas.

Porta-copos: não vá derramar! (Foto: Divulgação)

O gerente comercial Fabio Luis Rosa, de 36 anos, também não dirige sem a companhia de um líquido. “Sempre compro água, suco, refrigerante ou energético voltando para casa do trabalho. É uma maneira de tornar o trajeto de uma hora um pouco menos estressante”, diz. Ele nunca se envolveu em acidentes, mas também já teve prejuízos. Em uma viagem para Belo Horizonte (MG) com a mulher e um casal de amigos, todos consumiram muita bebida. “Colocávamos as latas de refrigerante e garrafas no chão, e, depois, passamos para um saco de lixo. Meu amigo, que estava no banco do passageiro e já tinha bebido muita cerveja, misturou as latas com meus CDs e DVDs e acabou jogando tudo fora”, conta, reforçando que eram 20 no total.

Para a gerente de marketing Marcella Puglia, 38 anos, consumir bebida no carro é uma saída quando há várias tarefas programadas no mesmo dia.  “Normalmente faço isso quando tenho reunião na escola das minhas filhas ou compromissos do trabalho e tenho pouco tempo para almoçar. Como meu carro é automático e tenho local para copo e garrafa, é tranquilo”, diz.

Para Dirceu Alves Rodrigues Júnior, diretor da Associação Brasileira de Medicina no Tráfego (Abramet), o fato de a maioria dos veículos terem porta-copos reforça a ideia de que o hábito é inofensivo, o que para o especialista não é verdade: “Se a bebida for consumida em copo ou garrafa, o movimento de inclinar a cabeça para trás, com o objeto na frente do rosto, faz com que o motorista perca a visão 360 graus, fundamental para uma condução segura”.

Porta-copos: não vá derramar! (Foto: Divulgação)

Pode parecer pouco tempo, mas três a quatro segundos com o carro a 100 km/h são suficientes para que o veículo percorra até 120 metros sem a atenção do condutor. “E falta de atenção é a quinta causa de acidentes de trânsito no mundo”, afirma Júnior. Com bebidas quentes é ainda mais arriscado: “Se o líquido derramar na pele, o motorista pode se assustar e ter uma reação imprevisível”.

Para quem ainda não se convenceu de que não vale a pena o hábito do motorista beber – qualquer liquido – com o carro em movimento, mais um motivo para pensar: dirigir sem uma das mãos no volante é infração média de trânsito punida com multa de R$ 85,13 e quatro pontos na habilitação. As exceções são quando é preciso trocar marcha, acionar equipamentos e acessórios ou fazer sinais regulamentares com o braço.

Fonte: Auto Esporte


10 coisas que todo motorista de caminhão tem que lembrar sobre carros antes de pegar a estrada

É muito comum ouvir motoristas de carro reclamando de caminhões e motoristas de caminhão reclamando de carros. Quem está certo? Ninguém e todo mundo. A verdade é que existe bons a maus motoristas a bordo de ambos, então, a ideia aqui, assim como na lista anterior (10 coisas que todo motorista de carro deveria saber sobre caminhão antes de pegar a estrada), não é julgar ninguém e sim relembrar alguns pontos que possam ajudar a estrada a se tornar um local mais seguro.

1 – Eles são mais rápidos

Você pode olhar no retrovisor, ver um carro ao longe e achar que dá para começar uma mudança de faixa, mas no momento seguinte ele pode já estar muito próximo, te obrigando a recuar da manobra, por isso, é recomendável dar uma segunda olhada para ter certeza da velocidade que o outro vem.

Usar o bom-senso também para facilitar as ultrapassagens é uma boa dica, mas nunca, claro, jogar no acostamento para isso.

2 – Eles nem sempre são ágeis

Você está vindo a uma certa velocidade e lá na frente vê um carro entrando na sua pista. Não diminui porque acredita que rapidamente ele ganhará velocidade. Mas ele não ganha. Aí o jeito é diminuir e ter paciência, pois o carro pode ser 1.0 ou pode estar em sua lotação máxima, aí demora mesmo para acelerar.

3 – Eles são mais baixos

Por isso não veem a pista da mesma forma que alguém num caminhão, então, ajude sinalizando quando é seguro para ele fazer uma ultrapassagem ou quando vir algum perigo a frente que ele não vê. (e se você está de carro, lembre-se, se o caminhão der seta pra direita, você pode ultrapassar, se ele der seta para a esquerda, não!)

 4 – A maioria não é profissional do volante

O carro dá seta e você segura para deixá-lo entrar. Só que ele não entra, fica na dúvida. Quando você está quase desistindo ele resolve ir. Não fique bravo, o profissional do volante é você. Não dá para exigir que todos tenham a mesma habilidade e perícia que um caminhoneiro tem. Lembre-se, pelo artigo 29 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), os veículos maiores são responsáveis pela segurança dos menores. E se você estiver a ponto de perder a paciência com um motorista de carro pequeno, imagine que ali poderia estar seu filho, filha, sobrinho ou irmã mais nova. Dê o exemplo.

 5 – Muitos também estão estressados e cansados

Que a profissão de caminhoneiro é uma das mais cansativas, isso não temos dúvida, mas a pessoa no carro também pode estar cansada e nervosa. A gente nunca sabe o dia que o outro está tendo, por isso, não xingue, não provoque e faça o seu melhor para não responder a uma provocação.

6 – Nem todos são “carros de passeio”

Carro de passeio é um nome genérico, mas vale lembrar que muitos estão indo ou voltando do trabalho, outros ainda podem estar fazendo entregas, muitos utilizam o carro comercialmente e estão sempre na estrada, como os representantes comerciais, por isso devem também estar com pressa ou ter horário para cumprir.

 7 – Muitos estão com a família

E ela é tão importante quanto a sua, por isso, só faça com o outro aquilo que não te incomodaria que fizessem com você e sua família. Se discorda da forma de conduzir ou da atitude do motorista, pense no restante dos passageiros.

8 – Eles não conhecem os pontos cegos do caminhão

Por isso que o caminhoneiro tem que tomar o maior cuidado ao fazer manobras. E é por isso também que a lei diz que o caminhão (e o ônibus) deve cuidar do veículo menor. É verdade que os motoristas de carro deveriam ser melhor instruídos nas autoescolas, mas enquanto não são, o motorista profissional precisa ter cuidado dobrado.

9 – A faixa da esquerda é deles

Se a via tem apenas duas faixas, aí o motorista de caminhão é livre para usar a esquerda em uma ultrapassagem, porém, se a via tem 3 ou mais faixas, o caminhão (e o ônibus) deve se manter na direita e usar apenas a segunda faixa para ultrapassagem – ah, mas tem um caminhão ultrapassando o outro, por isso que fui pra terceira – isso não é justificativa, se um caminhão está fazendo uma ultrapassagem, tenha paciência e aguarde ele terminar antes de fazer a sua. E lembre-se: a velocidade máxima para um veículo de grande porte é 90km/h.

10 – Todos têm o direito de ir e vir

Está na constituição:  inciso XV do art. 5º “É livre a locomoção no Território Nacional em tempo de paz…”. Então não adianta ficar bravo ou justificar que tem preferência porque está trabalhando, usar a rodovia é um direito de todos. E se todos (carro, caminhão, ônibus, moto, bicicleta…) usarem o bom-senso e a paciência, as estradas serão um local bem mais seguro e convidativo.

Bônus: A maioria é boa gente

É comum ver carros fazendo barbaridades no trânsito. Mas, infelizmente, é comum ver seres humanos fazendo barbaridades em todas as áreas, por isso, não julgue uma classe inteira por alguns indivíduos (pois é exatamente o que você não quer que façam com a sua profissão também). Para cada um que faz algo errado, conte quantos estão fazendo certo.

Com paciência a gente vai mais longe e de forma mais segura

 

Fonte: Pé na Estrada 


E você, amarelou?

As causas sociais, motivos de luta e de união de grupos da sociedade por um objetivo, são movimentos que concentram uma energia maravilhosa, que fazem refletir, que mobilizam, que buscam artifícios técnicos e legais para melhorar as condições de vida. Algumas causas ganharam cores e, assim, também mais atenção, mais adesão.

Como o OutubroRosa na luta pelo câncer de mama eo Novembro Azul,na prevenção do câncer de próstata, maio recebeu o amarelo, que alerta sobre a violência no trânsito e a importância da prevenção de acidentes viários, que segundo estima a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2009), matam no mundo aproximadamente 1,3 milhões de pessoas ao ano e causam lesões não fatais a mais 20-50 milhões de pessoas no mesmo período.

Segundo o World CancerResearcherFundInternational (Fundo Mundial de Pesquisa do Câncer, em tradução livre), em 2012 cerca de 1,7 milhões de novos casos de câncer de mama e 1 milhão de câncer de próstata foram diagnosticados no mundo.

Porém, o que está em questão não são os números, mas as vidas. O que está por trás dessas causas – em especial das já reconhecidas mobilizações pela prevenção e busca pela cura do câncer –  é a vida. E quando o Maio Amarelo pede atenção e conclama a sociedade por mais segurança no trânsito, é também a vida que se quer preservar.

E diferente de uma campanha de comunicação simplesmente, esses são exemplos de movimentos que engajam, que requerem ação, pois a mudança depende de atitude, de mobilização. Não são estáticos, mas dinâmicos. São envolventes. As causas podem aflorar um senso de colaboração único a permitir que cada um disponha de sua expertise, de sua competência em prol de um ou múltiplos propósitos.

Essa mobilização depende do desenvolvimento e formação de colaboradores para a ação, assim como do levantamento e manutenção de dados confiáveis para direcionamento e priorização de medidas educativas e corretivas. Ganha força e legitimidade com o apoio da mídia e das redes sociais, uma aliança indispensável.Requer a formulação de políticas públicas e o compromisso de governantes em oferecer condições seguras de mobilidade.

Depende de mim, e também de você. Você amarelou?

 Maria Amélia Marques Franco

Comunicadora Social, especialista em Gestão de Trânsito e Mobilidade Urbana pela PUC-PR. É co-idealizadora do site de segurança viária Trânsito Ideal.


Amarração de cargas e tombamento de caminhões

Em curvas perigosas, um caminhão com a carga mal amarrada ou sem amarração nenhuma pode provocar acidentes graves e envolver outros veículos, além de gerar prejuízos. Veja que cuidados tomar para evitar que isso aconteça.

O tombamento de caminhões que acontece principalmente em curvas, é muito comum em estradas brasileiras geralmente resultando em grandes prejuízos, pessoas feridas, vítimas fatais, além do risco de envolver outros veículos dos demais usuários da estrada.

Em 2014,  na Rodovia BR-110 (Bahia) um trator caiu de um caminhão que o transportava e colidiu com um ônibus, resultando em 19 mortos. Este é um dos casos mencionados pelo engenheiro mecânico e especialista em segurança no transporte Rubem Penteado de Melo. Ele chama atenção para a importância da amarração da carga correta como forma de evitar acidentes.

Sergio Ejzenberg, consultor de engenharia de tráfego com especialização em perícia e investigação de causas dos acidentes de trânsito, também destaca a importância da amarração correta, e chama atenção para outro problema: a inadequação da sinalização de velocidades máximas em curvas. “É interessante notar que as rodovias brasileiras, nos trechos retos, tem velocidades máximas regulamentadas diferentes para veículos leves (carros, motos, utilitários leves) e para veículos pesados (caminhões e ônibus), mas quando chega nas curvas, a velocidade máxima sinalizada é a mesma para todos os veículos. A máxima para veículos mais pesados deve ser menor que a dos veículos leves, e essa falha reduz as margens de segurança e acaba contribuindo para que alguns caminhões carregados tombem, mesmo trafegando dentro das máximas recomendadas”, afirma.

Segundo Ejzenberg, para evitar tombamento nas curvas, alguns caminhoneiros adotam a prática – errada – de amarração fraca, mas que acaba gerando efeito pior, fazendo com que a carga se desloque e tombe prematuramente, causando muito mais danos do que se estivesse bem amarrada. Ao contrário, segundo especialistas, a carga bem amarrada (associada à velocidade correta ao entrar em curvas) pode evitar o tombamento do veículo.

Rubem Melo destaca que “uma amarração eficaz é fundamental não só para evitar que a carga caia do veículo, mas também para impedir que ela movimente-se sobre a carroceria, participando decisivamente de muitos tombamentos nas rodovias”.  Para ele, um grande desafio é vencer alguns mitos e manias das estradas, como, por exemplo, “Carga pesada não precisa amarrar”, “Se a carga estiver solta não leva o caminhão”. Além de absolutamente sem fundamentos,  essas práticas podem comprometer a segurança durante a viagem, segundo o engenheiro, que dá algumas dicas sobre como proceder para uma amarração segura:

1) Planejar o transporte: conhecer as condições e limitações das vias por onde vai transitar.

2) Conhecer o veículo e a carga. Elaborar o Plano de Amarração de Carga.

3) Vistoriar o veículo antes de iniciar a viagem.

4) Instruir os condutores para uma condução segura e para verificar periodicamente o sistema de amarração.

“A elaboração do que chamamos “Plano de Amarração de Carga”, ou seja, o projeto do sistema de fixação pode ser feita por técnicos ou engenheiros. É claro que as grandes transportadoras de cargas indivisíveis já possuem esses profissionais capacitados em seus quadros de funcionários”, observa Melo.

E conclui com a recomendação: “na próxima vez que pegar a estrada, observe a quantidade de máquinas e tratores sendo transportados em pranchas “carrega-tudo” e sem nenhum tipo de amarração. Agora você já conhece os riscos. Tome cuidado, não divida curvas com esses veículos, pois um acidente é iminente!”