Aquaplanagem!
Em dias chuvosos, os motoristas devem se preocupar com a aquaplanagem. Vários fatores contribuem para que ocorra, como por exemplo: velocidade, qualidade do asfalto, quantidade de água na pista e principalmente, o estado de conservação dos pneus.
Como não é possível controlar vários desses fatores, é importante estar atento ao que está ao seu alcance. Para evitar a aquaplanagem existem algumas medidas de segurança, como:
- Revisar o estado dos pneus do seu veículo, pois se estiverem “carecas” a aderência do pneu no asfalto será menor e consequentemente, maior o risco de aquaplanagem;
- Mantenha os pneus sempre calibrados e com a pressão indicada pelo fabricante do veículo;
- Tenha os quatro pneus com a mesma medida e desenho;
- Faça o rodízio a cada cinco mil quilômetros;
- Reduza a velocidade em dias de forte chuva, sempre acionando os freios antes de passar por uma possa d’água;
Mas se ainda assim ocorrer uma aquaplanagem, algumas atitudes são indispensáveis:
- Retire imediatamente o pé do acelerador. Não pise bruscamente no pedal do freio e segure firme o volante para manter as rodas retas;
- Quando os pneus retomarem o contato com o solo, gire levemente a direção para sentir que o veículo recuperou totalmente a aderência.
- Caso o veículo possua freios ABS (não deixa travar as rodas), aplique a força no pedal do freio, mantendo-o pressionado até o controle total do veículo.
Veículos autônomos são mais seguros?
Há muita expectativa em torno de veículos autônomos e a aceitação pública de veículos autônomos aumentou bastante nos últimos dois ou três anos. Ainda assim, a preocupação é: Veículos autônomos são seguros?
Há realmente razões para acreditar que sim considerando o número de casos de motoristas que bebem e dirige, sonolência, pressa e assim por diante – comportamento não visto em veículos autônomos.
Antes de prosseguir, devo salientar que, na minha opinião, o principal benefício da automatização é o potencial de melhoria da eficiência e da produtividade do sistema de transporte, especialmente nos transportes comerciais, onde a automatização já parcial pode proporcionar benefícios.
Alguns são cépticos sobre um futuro onde todos os veículos são auto-condução. Mas este é um equívoco comum sobre automação – o objetivo universal não é fazer todos os veículos auto-condução. Provavelmente teremos um sistema de transporte onde veículos de diferentes níveis de automação coexistem (embora não necessariamente no mesmo espaço), cada um ajustado de forma ótima para seu propósito específico. E esse é o ponto principal – a automação é impulsionada por soluções inteligentes para as necessidades de mobilidade e transporte. Assim, a principal força motriz é a eficiência – não a segurança rodoviária.
Há muitos desafios enfrentados pela implantação de veículos automatizados, alguns relacionados à tecnologia, outros relacionados a modelos de negócios e legislação. Para mim, a segurança é o principal desafio. Se desconsiderarmos a segurança, poderíamos lançar veículos autônomos amanhã. Obviamente, não vamos fazer isso, então a segurança dita o ritmo de implantação. Esta é também uma das principais razões pelas quais a Volvo costuma citar áreas confinadas como o primeiro lugar onde a automação será implementada – a segurança é mais fácil de garantir aqui. As outras razões principais são, puxar do mercado para soluções de alta produtividade eo fato de que a legislação off-road é mais permitindo a automação.
A morte altamente divulgada de um “motorista” usando um sistema de piloto automático em um carro em maio passado realmente trouxe a questão da segurança à superfície, com algumas pessoas questionando se deveríamos permitir veículos autônomos em nossas estradas. Então vamos dar uma olhada na pergunta: os veículos autônomos melhorarão a segurança rodoviária?
Poderíamos facilmente perguntar: Quão seguros são os motoristas humanos? Quantos acidentes seriam evitados todos os dias, só porque somos humanos? A resposta rápida: é impossível dizer. Hoje, nos países mais seguros, um acidente fatal ocorre uma vez em cada 300 milhões de quilômetros percorridos (ou 3 por 100 000 pessoas por ano) *. Assim, os veículos autônomos provavelmente precisariam ser pelo menos seguros. Embora, eu acho que as pessoas vão encontrá-los aceitáveis apenas se eles são de fato muito mais seguro.
Apesar de alguns veículos totalmente autônomos terem sido testados com sucesso na estrada por vários anos, ainda não há dados suficientes para concluir cientificamente o quanto esses veículos (teste) são seguros, então temos que fazer algumas especulações informadas a partir daqui.
Em muitos aspectos, veículos autônomos devem ser mais seguros do que os seres humanos. Eles serão projetados para nunca ultrapassar os limites de velocidade, sempre manter uma distância segura para outros veículos, e assim por diante. Os seres humanos, por contraste, são falíveis. É por isso que a maioria das falhas envolvem o fator humano, seja o motorista ou outro usuário da estrada. Nós, os seres humanos, em algum momento, superestimamos nossas capacidades, aceleramos, ficamos cansados ou desatentos, e alguns bebem e dirigem. Um veículo autônomo nunca fará nenhuma dessas coisas.
Além disso, graças a sensores sofisticados, veículos autônomos podem acompanhar muitos objetos simultaneamente e com grande precisão – o que contrasta com os seres humanos que fazem as coisas mais ou menos em seqüência: olhar para a esquerda, olhar para a direita e assim por diante, e quem tem apenas estimativa aproximada de velocidade e distância.
Assim, nestes aspectos eles são realmente mais seguros. Mas esta é em grande parte uma representação ideal de um veículo autônomo. Alguns dos sensores necessários estão ainda em desenvolvimento ou proibitivamente caros e, para o futuro, os veículos autônomos terão de partilhar o espaço com os veículos da velha escola na infra-estrutura existente.
Os seres humanos, por outro lado, são fantásticos na antecipação de eventos em ambientes complexos – muito superiores aos sistemas computadorizados. Assim, numa perspectiva de segurança, devemos procurar a combinação ideal entre humano e máquina. Portanto, a abordagem de automação da Volvo é centrada no ser humano e a automação é projetada para auxiliar um operador ou motorista.
Garantir a segurança em um ambiente de estrada parcialmente imprevisível com pedestres, buracos e tempo severo, é claramente um grande desafio, e isso exigirá veículos autônomos que são defensivos e sempre sensatamente cautelosos. Crashes devido a eventos freak como uma árvore caída em toda a estrada ainda pode ocorrer no futuro, assim como hoje, mas graças à segurança ativa e conectividade as consequências podem ser mitigadas em uma medida muito maior do que hoje.
Por razões semelhantes, os fabricantes estão enfrentando ameaças de segurança cibernética e desenvolvendo soluções de segurança contra falhas usando redundâncias em componentes críticos para que – caso ocorra um evento crítico – as conseqüências não sejam catastróficas.
Como prova o caso do piloto automático, um dos maiores desafios na automação é garantir que o usuário compreenda completamente o que o sistema faz e não faz a qualquer momento, de modo que o comportamento inseguro não é incentivado pelo projeto. Curiosamente, a remoção do ser humano da tarefa de condução parece exigir uma atenção ainda maior aos fatores humanos.
E oh – eu sei o que você estava pensando – a resposta é sim, parece razoável para mim que os fabricantes devem assumir a principal responsabilidade se um incidente ocorre como resultado de uma falha do veículo, enquanto em modo autônomo. Segue-se de ter uma responsabilidade de segurança do produto dos produtos, isto é, que eles são seguros quando usados como pretendido.
Os sistemas de segurança ativa que auxiliam o motorista já são amplamente utilizados hoje em dia, e através deste baixo nível de automação estamos aprimorando significativamente o desempenho humano. Isso representa para mim uma das áreas que são facilmente esquecidas no debate. Cada nova aplicação de automação exigirá que a indústria automotiva desenvolva sistemas de segurança novos e aprimorados. E este desenvolvimento não será exclusivo para veículos autônomos, beneficiará todos os veículos. Assim, em termos de segurança talvez a viagem é mais importante do que a meta.
Há outras maneiras também em que a automação pode melhorar a segurança. A automação pode reduzir a necessidade de presença humana em ambientes potencialmente perigosos, reduzindo significativamente os riscos à saúde e à segurança. Você pode ter visto isso demonstrado pelo caminhão de mineração auto-dirigido da Volvo, carregador de rodas e transportador articulado, exibido há alguns meses.
A automação torna-se, de certa forma, uma abordagem sistêmica da segurança, pois estimula mudanças holísticas no sistema de transporte, desde as políticas às tecnologias de comunicação e infra-estrutura. Hoje tentamos fazer o nosso melhor individual para evitar acidentes, com a automação, vamos beneficiar de um co-piloto virtual e controlador de tráfego aéreo que nos ajudar em todos os momentos.
Então, então, os veículos autônomos melhorarão a segurança? Adicione todos os elementos juntos e você tem um argumento forte para a automação melhorar a segurança quando amplamente adotada – embora não sem seu próprio conjunto de riscos e desafios. Tanto graças ao desenvolvimento da tecnologia de segurança que estimula, como através dos benefícios que ela pode oferecer quando amplamente implantada. Mas para cumprir esse potencial precisamos ter sistemas de regulação e tráfego que atendam e sejam capazes de explorar plenamente os benefícios da tecnologia automotiva de veículos.
Feito corretamente, poderemos colher todos os benefícios que a automação oferece em termos de produtividade e eficiência, aumentando a segurança. E cada passo do caminho irá empurrar-nos a desenvolver ainda melhores soluções de segurança, que acabará por beneficiar todos os veículos. E isso me parece um desenvolvimento realmente promissor para a segurança rodoviária.
Catarinense, a segurança como companheira
Pertencente ao Grupo JCA, uma holding brasileira com sede em Niterói-RJ, a Auto Viação Catarinense se orgulha de seus quase 90 anos transportando pessoas com qualidade e segurança.
Essa é a definição da empresa apresentada por Marcio Geraldo Grassi, supervisor de Inspetoria, da matriz em Florianópolis-SC.
“A empresa sempre conseguiu manter essa imagem de segurança, algo que é muito valorizado aqui dentro”, afirma Grassi. “Temos uma forte ação nesse sentido já na admissão dos profissionais, que passam 12 dias no CTM-Centro de Treinamento de Motorista, antes de ir para o seu setor. Ali ele faz uma imersão em questões que envolvem o comercial, operacional e comportamental. Depois, um instrutor o acompanha nas linhas em que irá atuar. Além de instrutores, o CTM conta com o trabalho de outros profissionais, como psicóloga, chefe de oficina e inspetores”, completa o supervisor.
Um trabalho que tem continuidade com uma reciclagem anual de três dias para todos. “Ações como essa têm nos ajudado também na conscientização dos motoristas sobre a segurança. Reforçamos muito a ideia de que as multas podem ser pagas, mas os pontos na Carteira de Habilitação podem tirá-los dessa profissão. E, obviamente, o ponto mais importante que deve ser valorizado : a responsabilidade de transportar vidas”, enfatiza Grassi.
A importância que a Catarinense dá à segurança e todas as ações realizadas vêm dando resultado. No comparativo entre 2015 e 2016, houve uma redução de 30% nos acidentes, de forma geral.
Com uma frota de 269 veículos ativos, a Catarinense conta com um quadro de motoristas que varia entre 540 e 610 profissionais, na baixa e alta temporada respectivamente. A empresa atua fortemente na região Sul, nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. Mas também tem linhas em direção ao Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte.
Em 2015, o Grupo JCA incorporou mais uma empresa à holding, a Kaiowa, de Foz do Iguaçu-PR, que está sendo administrada pela Catarinense. Hoje são mais de 300 linhas, entre estaduais e interestaduais, com a realização de 255 partidas diárias.
“Já está em nosso planejamento incrementar ainda mais as ações com um programa em segurança no trânsito. Sem dúvida, podemos melhorar e avançar ainda mais. Há espaço e vontade de todos para isso”, encerra Marcio Grassi.
A noite cai, os cuidados aumentam
Olhos ofuscados pela luz de outros veículos, cansaço, sono, monotonia, iluminação fraca, estradas precárias e animais na pista. São tantos os fatores que aumentam os perigos da direção à noite, que fica até difícil elencar todos.
Mas o fato é que dirigir à noite exige ainda mais preparo, atenção e prudência ao volante do que durante o dia.
O instrutor Oséias das Neves, da área de Desenvolvimento de Competências da Volvo do Brasil, começa lembrando que o plano de viagem é ainda mais importante para quem pega a estrada à noite. “Se o motorista calcular a sua rota e os horários previstos em que passará em cada trecho, fica mais fácil definir os locais que deverá tomar mais cuidado, como os trechos de incidência de cerração ou muitas curvas e até serras, e onde será mais seguro parar para descansar, por exemplo. Ainda mais se não conhecer as estradas por onde passará. Na hora em que estiver fazendo o planejamento, terá tempo para buscar informações sobre a viagem, seja em sites, jornais, na empresa ou com colegas. Só isso já lhe dará mais segurança, baixando a ansiedade”.
Plano de viagem feito, é hora de checar itens que serão fundamentais na escuridão da estrada. “Faça uma limpeza geral no veículo, incluindo todos os vidros, como o pára-brisas e as janelas, e todos os espelhos. Limpe também todos os faróis e aproveite para checar as lâmpadas de cada um. Aliás, eles devem estar sempre bem alinhados. Aproveite para ajustar os espelhos retrovisores e, até mesmo, checar os seus óculos de grau, se for o caso”, destaca Oséias. À noite existe um ofuscamento natural dos olhos. Imagine, então, se o motorista já sair enxergando mal, por conta de algum problema oftalmológico.
“Outro comportamento seguro à noite é reduzir a velocidade e respeitar a distância recomendada do veículo da frente que, normalmente é equivalente ao tamanho do veículo que se está dirigindo”, lembra Oséias. “Além disso, é prudente não olhar diretamente para os faróis de outros veículos. O ideal é olhar um pouco mais para baixo e para a direita ou para a esquerda, guiando-se também pelas linhas da própria pista”, completa ele.
Em viagens longas, os motoristas também acabam por cruzar várias cidades. Nesses casos, deve-se tomar muito cuidado com a velocidade, com os carros – alguns passam com o sinal fechado para se proteger de assaltos – e, ainda, com ciclistas e pedestres.
“Para finalizar, posso dizer que existem ainda muitas dicas que circulam por aí para o motorista se manter acordado como, por exemplo, beber café ou muita água, abrir o vidro para pegar ar fresco, mascar chicletes para manter o cérebro alerta. Mas nada substitui o descanso programado – indica-se meia hora a cada quatro horas de direção e 15 minutos a cada duas horas – e algumas boas horas de sono. A máquina humana é excelente, mas não é infalível. É preciso que se respeite o seu funcionamento”.
Dinon no caminho certo
“Sabemos que temos impacto na vida das pessoas, queremos que esse impacto seja positivo”. Quem diz isso é Marcelo Dinon, gerente de Logística da Dinon Transportes, empresa com matriz em Horizontina, no Rio Grande do Sul.
Especializada no transporte de cargas para o ramo industrial, a Dinon Transportes arregaçou as mangas no início desse ano e colocou em prática inúmeras ações relacionadas à segurança nas estradas. “Já tínhamos algumas iniciativas, mas esse esforço maior foi impulsionado por uma parceria com a Raízen, empresa autorizada Shell, que mantém um forte trabalho nesse sentido, e com inspiração em exemplos como o do Programa Volvo de Segurança no Trânsito”, afirma Dinon.
Contando com uma frota de 120 caminhões, a Dinon emprega atualmente 140 motoristas. Com a criação de um programa especial, o Dinon Zero, esses motoristas passaram a ser treinados e orientados pelo Manual da Direção Segura da companhia. A principal meta? O Zero Acidentes. “Acrescentamos essa meta a todas as que já eram desenvolvidas em relação à saúde e bem-estar de nossos funcionários pela área de Saúde, Segurança e Meio Ambiente-SSMA”, reforça o gerente.
Hoje o que se vê na empresa são informações divulgadas de formas variadas reforçando a ideia de que a segurança depende da ação de cada um. “Estamos, enfim, fazendo gestão em segurança. Além de lançarmos mão de toda a tecnologia que os veículos oferecem em relação à segurança, também implementamos indicadores para medir o desempenho dos motoristas (os kpis – Key Performance Indicator)”, explica Marcelo.
O empenho de todos vem dando certo. “Há um ano, não temos registro de qualquer acidente grave envolvendo nossos motoristas”, comemora Marcelo. “A eficiência sempre foi um dos nossos pilares de atuação. Não se trata de um diferencial, mas um pré-requisito que nos faz conquistar importantes clientes. Agora, queremos que isso seja estendido à segurança. Queremos ser reconhecidos no mercado como uma empresa que preza pela vida de quem trabalha conosco e também de quem nos rodeia nas estradas por onde passamos”, conclui ele.
A Dinon Transportes nasceu em 1997 em Tuparendi, no Rio Grande do Sul. Iniciou suas atividades para atender à demanda de transportes da Dinon Cereais, empresa familiar de commodities agrícolas fundada na década de 1950. Em 2001, o braço de transportes se separou do segmento de cereais, e o foco passou a ser apenas a prestação de serviços para o ramo industrial, operando somente com cargas secas, como o açúcar. A empresa percorre rotas no sul, sudeste e centro-oeste do País.
Nos feriados de 2017, caminhões não poderão circular em rodovias de pistas simples
Caminhões terão de obedecer restrições definidas pela Polícia Rodoviária Federal durante os feriados de 2017. O órgão determinou os dias e horários em que veículos pesados ficam impedidos de circular em trechos de rodovias de pista simples. A medida quer prevenir acidentes, já que nessas datas milhares de brasileiros pegam a estrada. A definição foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira.
A determinação abrange feriados como Carnaval, Semana Santa, Tiradentes, Corpus Christi e Independência do Brasil. A norma vale para todo o país. Mas no Carnaval e no Ano Novo, os caminhões vão poder circular em Rondônia e no Acre.
Na época das Festas Juninas, as restrições valem apenas para os estados da Bahia, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
Estão fora da proibição as combinações de veículos com até duas unidades – um caminhão-trator e um semirreboque ou um caminhão e um reboque – desde que não ultrapassem as dimensões regulamentadas pelo Conselho Nacional de Trânsito.
Mas, no período do carnaval, nos estados do Rio de Janeiro e Maranhão, a restrição abrange todas as combinações e haverá horário especial em alguns trechos.
O descumprimento da medida constitui infração de trânsito. Quem for pego trafegando em momentos proibidos, será autuado e só poderá seguir viagem quando terminar o horário da restrição.
Cuide dos pneus e viaje mais seguro
Se pegarmos como exemplo um caminhão trator mais semi-reboque três eixos, podemos dizer que o peso médio desse tipo de veículo é de 50 toneladas. E onde tudo isso fica apoiado? Sim, sim…nos pneus!
“Essa informação já nos dá uma ideia do quanto os pneus são fundamentais para a segurança de um veículo pesado, como um caminhão. Por isso, os cuidados, por mais básicos que possam parecer, fazem a diferença na hora de trafegar, frear, estacionar”, comenta Paulo de Quadros, da área de Desenvolvimento de Competências da Volvo do Brasil.
Um dos cuidados iniciais é verificar a pressão dos pneus, o estado dos sulcos, se há pedras presas neles. Se houver pneus de rodagem dupla no eixo traseiro do veículo, é importante verificar todos eles, assim como o estado de calibragem do estepe. Outra dica é verificar o desgaste dos pneus das rodas da frente, para avaliar o alinhamento da direção e eixo de tração.
“Quando corretamente calibrados, os pneus oferecem maior resistência a rachaduras, furos e outros danos. Ou seja, têm maior durabilidade e, com isso, o veículo tem maior aderência ao solo, maior estabilidade, mais conforto, menor consumo de combustível e menos oscilações na trajetória do veículo”, destaca Paulo. Apenas 3 PSI (pressão de ar) abaixo do indicado já acarretará um acréscimo de 2% no consumo de combustível e diminuirá a vida útil dos pneus em até 10%. Por isso, também é importante seguir a calibragem e as revisões de manutenção dos pneus conforme indicado pelo fabricante, bem como as recomendações sobre o pneu adequado para cada aplicação.
Os pneus são tão importantes, que mesmo estando tudo em ordem com eles, também é preciso contar com a habilidade e o bom treinamento dos motoristas para que ações corretas sejam realizadas em casos extremos, como uma derrapagem. “A derrapagem acontece quando um ou mais pneus perdem a aderência com o leito da estrada por causa da água, óleo, pedriscos, areia. Nessas condições, o veículo se desloca para o lado do pneu derrapante e o reboque pode ser projetado lateralmente, formando ângulo com o cavalo. Se o ângulo ultrapassar o limite de 15º, a dificuldade de manter o controle é muito grande, isso é conhecido como efeito “L” ou “canivete”, explica Paulo.
Se isso acontecer o que deve ser feito? Segundo Paulo, “acelerar e manobrar o volante para levar a carreta ao realinhamento. Além disso, use o freio da carreta com cautela e use o freio de serviço, em toques leves, até obter o controle do veículo. E, se possível, use o freio motor, o retardador e o ABS da carreta”.
Enfim, se as estradas já oferecem tantos perigos como falta de manutenção ou de sinalização, motoristas imprudentes circulando em volta e intempéries, como chuvas fortes ou neblina, porque arriscar ainda mais descuidando dos pneus?
A ficção virou realidade também em segurança
Um sistema que permite que as empresas de transporte de passageiros acompanhem a forma de direção de cada motorista em tempo real e, com isso, corrijam qualquer comportamento negativo no momento da ocorrência ou no final da viagem.
Há alguns anos, esse recurso pareceria uma história de ficção. Mas, agora no século XXI, essa é uma realidade para empresas que têm gestores de frotas com recursos modernos como a telemetria embarcada. Por meio dela, é possível registrar excesso de velocidade, freadas bruscas ou freqüência de quick down (redução imediata). Mais de 40 sensores distribuídos pelo chassi dos ônibus mantêm 100% do tempo de operação monitorado.
Na Expresso Nordeste, empresa de Campo Mourão-PR, com mais de 50 anos de fundação, não são registrados acidentes com afastamento desde 2007. “E, desde o ano passado, quando foi adquirido o gerenciador de frota da Volvo Bus para alguns de nossos ônibus, tem sido mais fácil manter essa condição”, comenta João Carlos Rocha, de Telemetria e Monitoramento de Frota, da Nordeste. Cerca de 60% da frota de 300 veículos já conta com o sistema.
O gerenciador de frota chegou para reforçar ainda mais os cuidados que a Expresso Nordeste tem com a segurança. “A cultura da empresa é de segurança para os motoristas e para os passageiros, por isso são feitos importantes investimentos em treinamento dos motoristas, a fim de desenvolver cada vez mais sua atenção e eficiência”, comenta Flávio Costa, Gerente de Marketing.
Atualmente, a Expresso Nordeste conta com mais de 100 linhas, incluindo linhas regulares, de fretamento e de turismo, rodando mais de 1,7 milhões de quilômetros mensalmente. “Hoje, são cerca de 280 motoristas, que recebem treinamentos periodicamente, além de participarem de palestras sobre segurança”, comenta Renildo Góes da Silva, um dos instrutores da Nordeste.
Além de incrementar a segurança, estabelecer um padrão às viagens e oferecer mais conforto para os passageiros, o sistema de gerenciamento de frota foi criado para outro importante benefício, que é a economia no consumo de combustível. A Expresso Nordeste já conseguiu uma redução de 9% nesse custo. O que, invariavelmente, aumenta a rentabilidade da companhia.
Além de diversas linhas executadas no Paraná, a Expresso Nordeste oferece transporte de passageiros de Foz do Iguaçu (PR) ao Rio de Janeiro (RJ); de Marechal Cândido do Rondon (PR) a São Paulo (SP); e de Florianópolis (SC) a Asunción (PY).
Em caso de neblina, acione a direção segura
Na lista de situações estressantes e perigosas para os motoristas, sem dúvida, está a direção sob neblina. Também chamada de “névoa”, “nevoeiro” ou “chuvisco”, a neblina é muito comum em regiões altas e mais frias, como serras, ou então próximas a rios e represas. Um tipo de neblina mais intensa é a “cerração”, nela a visibilidade é de cerca de 50 metros de distância.
Nessas circunstâncias, o cuidado nas estradas deve ser redobrado para não sofrer ou causar acidentes. “Sem dúvida, dirigir com o campo de visão reduzido é uma das piores situações para quem está na estrada. Por isso, é preciso estar sempre preparado para enfrentar esse tipo de desafio”, comenta Oséias das Neves, da área de Desenvolvimento de Competências, da Volvo do Brasil.
Para saber o quanto a neblina ou cerração está forte, observe se consegue visualizar as lanternas dos carros à sua frente. Se você tiver dificuldade de avistá-las, reduza sua velocidade gradativamente para que o veículo atrás faça o mesmo e, assim, os demais da fila. Procure também se nortear pela sinalização da pista, como as faixas, olhos de gato e placas.
“Uma das grandes causas de acidentes durante a neblina é o excesso de confiança. Muitos motoristas, além de achar que sabem dirigir em qualquer situação, muitas vezes se valem do fato de conhecerem o trecho e acabam abusando da velocidade, por exemplo”, completa Oséias. “Na verdade, não adianta querer inventar a roda, a melhor forma de enfrentar situações como essa é a direção segura, agindo sempre de modo preventivo, gerenciando possíveis riscos, dirigindo sempre de modo a evitar acidentes, apesar de ações incorretas dos outros e das condições adversas das vias”, encerra o instrutor.
Como o próprio nome sugere, os faróis de neblina devem ser utilizados apenas nessas situações. Em outras condições, devem ser usados as luzes ou faróis adequados, como determina o Código de Trânsito Brasileiro.
Segurança é investimento
Quando você começou a pensar em segurança no trânsito? No dia em que deu a primeira volta de carro com seu pai? No ano em que aprendeu a dirigir? Quando estava com a sua carteira de habilitação em mãos?
Na Volvo, essa reflexão começou em 1927, na Suécia, quando os fundadores do Grupo Volvo, Gustaf Larson e Assar Gabrielsson, estabeleciam a base da responsabilidade social da empresa para com a sociedade, determinando: “veículos são feitos para transportar pessoas. Por isso, o princípio básico para todo o trabalho, do desenvolvimento à produção, deve ser sempre a segurança”.
De lá para cá, o que se vê em todo o mundo são veículos da marca com alta qualidade e comprovada segurança. Aliás, a Volvo é líder mundial na área de segurança. “Investimentos substanciais realizados pela Volvo nesse sentido resultaram em uma série de inovações no produto ao longo dos anos. São as tecnologias de segurança”, comenta Glenio Karas, engenheiro de vendas, da Volvo.
Os caminhões Volvo, por exemplo, contam com itens de segurança ativa, como piloto automático inteligente, com frenagem de emergência; detector de atenção; câmera de monitoramento da rodovia; sensor de ponto cego; ESP-controle de estabilidade e freio anti-canivete.
Os veículos também contam com cabines com ampla visibilidade, reduzindo os pontos cegos e facilitando a visão do trecho e com painel que facilita o acesso aos comandos; faróis especiais e sistema de freios avançado. Para garantir ainda mais a segurança nas estradas, a Volvo realiza diversos crash tests, simulando diferentes impactos na cabine. Graças a esses testes, foi desenvolvida a célula de sobrevivência, que minimiza o impacto interno, protegendo os ocupantes da cabine em caso de acidente.
“Além das vidas envolvidas em um acidente, sabemos que para o transportador o custo médio para a reparação de um veículo envolvido em um acidente grave é de R$ 150 mil, podendo ser muito maior contando com o implemento, a carga e danos ambientais, por exemplo”, completa Glenio. “Por isso, hoje indicamos aos transportadores algumas ações importantes, como por exemplo, que elaborem e implementem um plano de ação; analisem situações de riscos nas operações; contemplem estratégias de contenção; informem resultados parciais; troquem informações e experiências entre si e certifiquem-se para a ISO 39001, que regulamenta a segurança em transportes”, acrescenta Glenio
Para completar todo esse envolvimento com a segurança, a Volvo ainda disponibiliza informações por meio de vários canais e materiais especiais, como o Atlas Acidentalidade e o próprio Programa Volvo de Segurança no Trânsito- PVST, que provê dados, informações, conselhos e dissemina boas práticas. Além disso, há ainda treinamentos para motoristas, como o TransFORMAR.
“Sem dúvida, a valorização da vida faz parte da marca Volvo. Seja quando olhamos para trás e vemos invenções revolucionárias, como a criação, em 1959, do cinto de segurança de três pontos – ideia de um engenheiro sueco da Volvo e que até hoje é considerada uma das mais importantes inovações da indústria veicular – ou, hoje em dia, quando vemos a companhia definir como sua nova visão de segurança o desafio de zerar os acidentes com seus produtos. Ou seja, a segurança deve ser vista sempre como um investimento a curto, médio e longo prazo”, encerra o engenheiro Glenio.