Scala Logística: ações eficientes para o zero acidentes
Com o slogan “À frente e ao seu lado. Sempre”, a empresa Scala Logísitca, da cidade de Lajeado (RS), está se referindo não apenas à sua atuação em logística, mas também nas questões de segurança em busca do zero acidentes com seus veículos.
De acordo com Cleusa Scapini Becchi, sócia administradora, a segurança está em primeiro lugar na Scala Logística. “Uma das premissas da nossa marca é desenvolver e implementar soluções inovadoras e eficazes, que gerem valor agregado aos clientes, à empresa e aos colaboradores. E nada disso é possível se não garantirmos, primeiramente, a segurança dos nossos motoristas”.
A Scala Transporte e Administração nasceu há um ano e quatro meses, fruto da cisão do Grupo Scapini. Nesse período desenvolveu importantes ações de prevenção de acidentes. No primeiro trimestre deste ano, a empresa não apresentou acidentes de trabalho vinculados ao trânsito, resultado do intenso esforço em prol da segurança.
Ao todo, são 17 profissionais, de diferentes áreas, e 18 ferramentas de gestão, que atuam no comportamento das pessoas e geram atitudes seguras em todos os seus processos.
A empresa tem como foco as operações de transporte rodoviário, com expertise no transporte florestal e internacional. “Como o transporte florestal opera 24 horas, temos uma grande preocupação com a direção noturna. Por isso, além da estrutura, equipes e veículos de apoio aos motoristas, desenvolvemos o Programa de Monitoramento do Sono, do qual fazem parte locais para paradas à noite, denominados de Pit Stop da Vida, onde há avaliações de saúde e exercícios que ajudam a dar continuidade à viagem. Há também a Cartilha do Sono, com informações sobre a importância da qualidade e horas ideais de sono”, explica Ricardo Scapini, analista de negócios.
Já a capacitação dos motoristas conta, entre outras ações, com viagens acompanhadas por monitores, que podem se estender por até 90 dias, dependendo da avaliação dos líderes. “Aqui não exigimos experiência no ingresso, porque sempre vamos orientar o motorista quanto aos nossos padrões de comportamento e segurança, oferecendo a ele nossos próprios treinamentos. Contamos, inclusive, com treinamentos de direção econômica e defensiva disponibilizados pela Volvo”, completa Cleusa.
A Scala Logística tem hoje uma frota de 100 veículos, divididos entre o transporte florestal e o internacional e 200 motoristas. Até 2020, a Scala pretende ser reconhecida como o melhor integrador logístico nas regiões de atuação e a excelência da gestão voltada à segurança é um dos itens fundamentais para que esse reconhecimento aconteça.
Programa Volvo de Seguraça no Trânsito: Zero Acidentes à frente
Este ano, o Programa Volvo de Segurança no Trânsito (PVST) completa 30 anos. No final da década de 1980, quando o Programa Volvo surgiu, o Brasil estava acostumado a tratar acidentes de trânsito como tragédias inevitáveis. Os desafios para colocar o tema em pauta foram enormes, mas as conquistas alcançadas superaram as expectativas.
Em 2014, antes mesmo de completar três décadas, o PVST voltou a assumir outro desafio aparentemente utópico: alinhou seu foco de atuação à visão Zero Acidentes do Grupo Volvo. Na prática significa zerar os acidentes envolvendo os veículos da marca. O histórico do PVST não deixa dúvida que há meios de transformar esse novo sonho em realidade.
“Não se trata apenas de reduzir os acidentes envolvendo nossos veículos, mas do impacto que isso gera para a sociedade. Hoje, grande parte dos transportadores já percebe o valor da segurança. Neste sentido, o trabalho do PVST expande a relação de confiança entre a Volvo e seus clientes, pois agrega valor aos nossos produtos e serviços a medida que disponibiza ferramentas que auxiliam as empresas a adotar uma gestão voltada para a segurança”, afirma Wilson Lirmann, presidente do Grupo Volvo América Latina.
“É fantástico a coragem da Volvo ter como meta o Zero Acidentes com os veículos da empresa. É uma meta que não deixa de ser um sonho, mas que ao mesmo tempo representa o modelo do existir da Volvo, que tem a segurança como algo básico. Os veículos da Volvo têm as mais avançadas tecnologias de segurança do mercado, e o Zero Acidentes nos ajuda a evoluir na discussão da importância do comportamento seguro na direção”, complementa Fabiano Todeschini, presidente da Volvo Bus Latin America.
Estudos apontam que o maior número de acidentes está diretamente relacionado ao comportamento. De acordo com o Atlas da Acidentalidade no Transporte Brasileiro, desenvolvido pelo PVST e produzido pela Tecnométrica, com base no banco de dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) os acidentes com caminhões e ônibus (nas rodovias federais) estão em segundo lugar no ranking de acidentes por tipo de veículo, atrás das colisões envolvendo automóveis.
Dados do estudo mostram que, em 2015, aconteceram 122 mil acidentes nas rodovias federais que resultaram em 6.862 mortos. Deste total, 1208 mortes foram provocadas por falta de atenção; 946 por velocidade incompatível; 591 por ultrapassagem indevida; 480 por ingestão de álcool, 405 por desobediência à sinalização e, apenas, 154 por problema mecânico nos veículos e 110 por defeito nas vias.
“A cultura de segurança acontece, efetivamente, quando a alta liderança das empresas está realmente engajada e comprometida. É isso que faz a diferença e traz consequências positivas diretas na forma com que os motoristas dirigem, no respeito para com os demais nas estradas e na adoção de jornadas adequadas, por exemplo. Por essa razão, nosso trabalho tem sido focado em ações para somar esforços, engajar as entidades de classe, as transportadoras e os motoristas para juntos encontrarmos soluções que reduzam o número de acidentes. É impossível atingirmos Zero Acidentes sozinhos”, destaca Anaelse Oliveira, coordenadora do Programa Volvo de Segurnaça no Trânsito.
Quando o “zero” vale mais
O apoio na tradução da ISO 39001 no Brasil e a elaboração do manual para implementação da norma foram os primeiros resultados práticos do alinhamento do Programa Volvo de Segurança no Trânsito à Visão Zero. A norma 39001, que trata da gestão da segurança viária, foi criada pela ISO Internacional em 2012. O Grupo Volvo já havia contribuído com a elaboração da Norma, em termos mundiais, por sua vasta experiência em segurança veicular.
Entre as ações desenvolvidas com esse novo foco do PVST estão seminários com empresários transportadores (clientes e não clientes), que compartilham experiências e levam contribuições para melhoria da segurança. São debatidos temas com jornada de trabalho, período de descanso, desenvolvimento dos motoristas, renovação de frotas e a implementação da norma de segurança ISO 39001.
Desde que adotou a visão Zero Acidentes, o PVST realizou nove seminários regionais, reunindo mais de 1200 empresários de transporte nas principais capitais e regiões do País. Após cada encontro, 70% dos empresários participantes manifestaram intenção de implantar, no futuro, a ISO 39001 em suas companhias. “Sabemos de casos de diversas empresas que já estão trabalhando para a implementação da ISO”, conta Anaelse Oliveira.
Outro destaque da nova fase do PVST é o Atlas da Acidentalidade no Transporte Brasileiro, citado acima, que apresenta uma radiografia dos acidentes de trânsito nas rodovias federais do país. O estudo indica os pontos mais perigosos, com maior incidência de acidentes com caminhões e ônibus, e suas principais causas. Lançado em 2104, ganhou uma versão online ampliada em 2016. O Atlas conta com informações detalhadas de todas as rodovias federais do País, entre 2007 e 2015. Os dados podem ser acessados no endereço: www.atlasacidentesnotransporte.com.br
As ações do PVST também representam uma contribuição importante à Década Mundial de Ações para a Segurança no Trânsito, promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU) e coordenada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Em 2009, a OMS contabilizou cerca de 1,3 milhão de mortes por acidente em 178 países e aproximadamente 50 milhões de pessoas com sequelas. A OMS estima que 1,9 milhão de pessoas devem morrer no trânsito em 2020 (passando para a quinta maior causa de mortalidade) e 2,4 milhões, em 2030, se nada for feito. Nesse período, entre 20 milhões e 50 milhões de pessoas sobreviverão aos acidentes a cada ano com traumatismos e ferimentos. Com a “Década de Ação para a Segurança no Trânsito” a intenção da ONU é poupar, por meio de planos nacionais, regionais e mundial, 5 milhões de vidas até 2020.
Zero Acidentes
A Visão Zero é um posicionamento de segurança no trânsito aprovado pelo Parlamento Sueco em outubro de 1997, segundo o qual ninguém será morto ou ferido gravemente em acidentes de trânsito. Trata-se de uma visão estratégica de longo prazo. Além de estratégica, é uma atitude ética perante a sociedade, pois o princípio da Visão Zero é que, apesar de todo o desenvolvimento tecnológico dos veículos, o homem continuará a cometer erros no trânsito, mas não pode pagar por eles com sua própria vida. A Suécia, apesar de ter um pequeno percentual de fatalidades no trânsito, já reduziu em mais de 50% o número de mortos e espera chegar à zero, ou muito próximo disso, em 10 anos.
Programa Volvo de Segurança no Trânsito: 30 anos de mobilização pela vida
O ano de 2017 marca os 30 anos do Programa Volvo de Segurança no Trânsito – PVST, que nasceu com o objetivo de mobilizar a sociedade para a redução do número e da severidade dos acidentes de trânsito. O PVST realizou seminários; produziu campanhas e vídeos; desenvolveu cursos de direção segura para motoristas profissionais; influenciou pessoas, empresas de transporte, escolas e, até, cidades e governos pela causa. A história mostra que os ganhos até aqui valeram os esforços. Mas há ainda muita estrada para rodar.
O programa nasceu em 1987 como uma contribuição à sociedade brasileira para marcar os 10 anos da Volvo no Brasil. Inicialmente chamado de Programa Volvo de Segurança nas Estradas, passou em 1989 a Programa Volvo de Segurança no Trânsito. Iniciativa de uma marca que, além de ser reconhecida pela inovação e por produzir veículos de alta tecnologia e qualidade, também é líder mundial em segurança. Os desafios para tratar do tema de forma a mudar o comportamento de uma sociedade acostumada a conviver com altos índices de acidentes eram imensos.
Enquanto no Brasil, o tema começava a entrar na pauta, na Suécia essa é uma preocupação de longa data. “Em 1927, os fundadores do Grupo Volvo, já anunciavam a sua preocupação com a segurança ao afirmar que “veículos são feitos para transportar pessoas. Por isso, o princípio básico para todo o trabalho, do desenvolvimento à produção, deve ser sempre a segurança”, conta Carlos Ogliari, vice-presidente de RH e Assuntos Corporativos do Grupo Volvo América Latina.
Com isso em mente, a Volvo do Brasil foi além de seu compromisso de produzir os veículos mais seguros do mercado e lançou o Programa Volvo de Segurança no Trânsito. O programa lançou mão de uma premissa da empresa que diz: se somos parte do problema, também somos parte da solução.
O Programa Volvo de Segurança no Trânsito é a ação mais duradoura de mobilizaação da socidedade em benefício de um trânsito mais seguro já realizada em toda a história da indústria brasileira. “O programa surgiu em uma época que os acidentes eram considerados uma fatalidade, tragédias inevitáveis do trânsito de um país de terceiro mundo, que tinha causas mais urgentes com as quais se ocupar. Já naquela década, o PVST foi determinante para a mudança dessa visão ao mostrar que os acidentes devem ser tratados como ocorrências inaceitáveis”, destaca J. Pedro Corrêa, idealizador e hoje consultor do PVST.
O ano de 1986 havia sido o pior ano da história brasileira, registrando 27.300 mortes no trânsito. Porém, havia um consenso geral dos órgãos públicos de que o número de mortes era o dobro. Assim, passou-se a usar o número de 50 mil mortos e cerca de 350 mil feridos para chamar a atenção da sociedade, surgindo a definição de que o trânsito brasileiro era igual a uma guerra do Vietnã por ano. “Com essa conta em mãos, o PVST passou a contar com o envolvimento das empresas e dos meios de comunicação. E o mais importante, não só o número de envolvidos nessa causa, mas a forma de olhar para o trânsito mudou decisivamente”, destaca J. Pedro.
Tanto é verdade que, em 1990, o programa realizou uma pesquisa nacional de opinião pública que revelou um dado impressionante: em razão das atividades do PVST, como simpósios, debates, campanhas, palestras, prêmio e newsletters, milhares de brasileiros informaram ter ouvido pela primeira vez a expressão “segurança no trânsito”.
Entre as primeiras ações do PVST está o lançamento do Prêmio Volvo de Segurança que, em sua primeira edição, contou com 256 trabalhos inscritos em três categorias: Geral, Motoristas Profissionais e Jornalistas. Os vencedores em cada categoria recebiam troféus e uma viagem à Suécia para conhecer seu sistema de trânsito, reconhecido como um dos mais seguros do mundo. Nestas três décadas, foram promovidas 18 edições do Prêmio Volvo, que teve mais de 6000 trabalhos inscritos e 250 vencedores. O PVST também participou e realizou mais de 400 eventos, entre seminários e fóruns nacionais e regionais, além de programas de educação de trânsito para o ensino médio, motoristas profissionais e patrocínio de livros e manuais sobre o tema.
O PVST também atuou na conscientização de motoristas sobre a importância de adotar o cinto de segurança, uma vez que pesquisas internacionais mostravam que o simples uso do cinto é capaz de reduzir em até 50% as fatalidades dos acidentes. Em 1989, o uso do cinto tornou-se obrigatório por artigo específico do Código de Trânsito Brasileiro.
“Se a Volvo foi visionária ao lançar o PVST naquela época, foi também coerente e exemplar ao manter o seu propósito durante todo esse tempo, mesmo em momentos difíceis e até críticos, como os de crise político-econômica do País. Os desafios, claro, foram mudando ao longo dos anos, assim como a visão da sociedade em relação ao tema segurança no trânsito”, artumenta Solange Fusco, diretora de Comunicação Corporativa do Grupo Volvo América Latina.
Dentro desta proposta de evolução, em 2013, o PVST mudou o foco de atuação e alinhou suas ações à nova visão de segurança do Grupo Volvo: o Zero Acidentes, que tem como ideal de futuro zero acidentes envolvendo os veículos da marca. Com essa meta no horizonte, o programa passou a atuar com maior ênfase na disseminação da cultura de segurança no setor de transporte comercial. “Assim como em 1987 fomos ousados ao lançar o programa, o Zero Acidentes é uma meta bastante ousada e desafiadora. Porém, as mudanças são conquistadas a partir de grandes desafios e esse também tem ganhado toda a nossa atenção”, destaca Solange Fusco.
Apesar de toda a conscientização e mobilização da sociedade para uma postura proativa diante de uma realidade que poderia ser mudada, ainda há muito por fazer . “O Programa Volvo de Segurança no Trânsito vai continuar ampliando sua atuação na busca de soluções. Até porque estamos em plena Década Mundial de Segurança no Trânsito, instituída para o período de 2011 a 2020 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e Organização Mundial da Saúde (OMS), com o objetivo de reduzir em 50% o número de mortes causadas por acidentes de trânsito. E, para nós, enquanto pudermos salvar uma vida, nossas ações continuarão a valer a pena”, afirma Ogliari.
Já com esse foco no Zero Acidentes, em 2016, por meio de patrocínio cultural da Volvo e Ministério da Cultura, foi inaugurado em Curitiba o Memorial da Segurança do Transporte no Brasil, único espaço dedicado ao tema na América Latina.
Santo Anjo: 70 anos de história e segurança
Fundada em 1947, na cidade de Tubarão em Santa Catarina, a Santo Anjo da Guarda foi a primeira empresa do transporte rodoviário de passageiros a obter o registro no Departamento Regional de Rodagem- DNER, atual DNIT.
Desde 2014, a Santo Anjo pertence ao grupo econômico formado pela VISATE, Sogil e Navegantes. Hoje, além do transporte rodoviário estadual em Santa Catarina, transporte rodoviário interestadual entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul, a empresa também atua no transporte de encomendas e transporte urbano na cidade de Imbituba.
Com matriz em Florianópolis desde 2015, a empresa conta com 260 funcionários, sendo 63 motoristas do transporte rodoviário e 24 do transporte urbano. A frota é composta por 64 ônibus, sendo 45 rodoviários e 19 urbanos. Mas como é manter a segurança nas estradas para uma empresa que começou há 70 anos.
“A Santo Anjo é reconhecida tanto por nossos motoristas quanto pelos clientes como uma empresa segura, que passa confiança por sua história e tradição no trajeto entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul”, comenta o diretor superintendente Carlos Henrique Pastro Pereira. Ainda segundo o diretor, “os treinamentos e conscientização dos motoristas são uma prática desde que a empresa foi fundada e vem sendo aprimorada ao longo dos anos”.
A área operacional é responsável pelo treinamento dos motoristas e os supervisores participam dos treinamentos. “Diariamente, pratica-se a manutenção preventiva. Já mensalmente, os instrutores realizam o treinamento em trânsito com os motoristas e ainda um treinamento para práticas de direção segura”, comenta Alessandra Corrêa, supervisora Comercial e Marketing. “Também há treinamento mensal para quem está retornando das férias, no qual a direção segura tem destaque”, completa ela.
A prática de prevenção foi intensificada em 2014 com a nova administração. Entre os resultados alcançados estão as boas práticas de motoristas, alto desempenho alcançado na dirigibilidade dos condutores, alcance das metas relacionadas ao combustível e redução de 75% no número de manutenções em trânsito nos últimos anos. E o mais expressivo, o Zero Acidentes é uma realidade em todas as nossas operações”, destaca Luiz Fernandes, supervisor Operacional.
A meta da Santo Anjo agora é um reconhecimento formal dos motoristas que estão conseguindo manter o Zero Acidentes. A empresa está elaborando um projeto para reconhecimento formal dos motoristas que apresentarem melhor desempenho durante o ano. “Fazemos a nossa parte e queremos melhorar ainda mais, mas sabemos que sem a vontade e o engajamento de todos nada disso seria possível”, comentam os supervisores da área Comercial e Operacional.
Operação Lei Seca, realizada pelo estado do Rio de Janeiro completa oito anos e comemora a redução de 43% no número de motoristas dirigindo alcoolizados
A Operação Lei Seca realizada pelo estado do Rio de Janeiro, reconhecida pelo Prêmio Volvo de Segurança no Trânsito em 2010 é exemplo a ser seguido em todo o país.
Em oito anos foram realizadas mais de 17 mil ações de fiscalização por todo o estado e mais de 2,4 milhões de motoristas foram abordados. Destes, cerca de 167 mil pessoas apresentavam sinais de embriaguez e tiveram suas carteiras de habilitação recolhidas. No ano que começou a operação o percentual de motoristas abordados embriagados nas blitzes era de 7,9%, passados 8 anos esta média caiu para 4,5%, ou seja, houve uma queda de 43% nas incidências de alcoolemia.
O sucesso da operação lançada em março de 2009 rendeu ao estado do Rio de Janeiro o Prêmio Volvo de Segurança no Trânsito em 2010, após obter redução de 32% no número de mortes nos acidentes de trânsito. A Operação Lei Seca é um dos melhores exemplos de boas práticas já reconhecidas pelo Prêmio Volvo que continuam em atuação com excelentes resultados.
Além do aspecto educativo e de fiscalização, a Lei Seca também gerou bons resultados para a segurança pública do estado. Durante as blitzes, foram capturados 152 foragidos da Justiça. Os agentes também recuperaram 146 veículos roubados e apreenderam 64 armas de fogo.
Viajar com sono é uma da principais causas de acidentes nas estradas
Com o objetivo de conscientizar motoristas e o público em geral sobre a importância do sono e fadiga como causa de acidentes, a ABN (Academia Brasileira de Neurologia), em parceria com a ARTESP (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), a ABRAMET (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego) e a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) lançaram a campanha “Não dê carona para o sono” (www.naodecaronaaosono.com.br).
Uma pesquisa feita pela ABN, o CRM (Conselho Regional de Medicina) e a ABRAMET mostra que mais de 20% dos entrevistados costumam dirigir com sono. Quase 40% por cento dos entrevistados conhecem alguém que já se envolveu em acidente por esse motivo. Essa pesquisa também mostrou que mais de 10% dos entrevistados já fizeram ziguezague na estrada por causa do cansaço.
Segundo os dados do Atlas da Acidentalidade no Transporte Brasileiro, em 2015a causa mais letal dos acidentes foi a sonolência no volante. Apesar do número de acidentes provocados por motoristas com sono ser menor que por falta de atenção, quando eles acontecem são mais letais, com um índice de gravidade de 5,9.
Para a maioria das pessoas, dormir de sete a oito horas é o ideal. Até tem quem se sinta descansado com menos. Mas quatro, cinco, seis horas é pouco. E esse é o tempo de sono de mais da metade dos brasileiros.
Os sinais de sonolência todo mundo reconhece, mas dormir pouco pode mexer com capacidades que são pré-requisitos para dirigir. Por exemplo: avaliar a velocidade do seu carro, do carro da frente, de quem segue atrás, do caminhão que vem na pista contrária e aí, fazer uma ultrapassagem. Isso tudo, quem está ao volante tem que avaliar e decidir rápido. E não dá para errar.
Então, se tem que dirigir e o sono insiste em acompanhar, o melhor é dar uma pausa na viagem.
Brasil é um dos países mais perigosos no transporte de carga, aponta pesquisa
A JCC Cargo Wacthlist, associação britânica responsável pela divulgação mensal do ranking de países mais perigosos no transporte de cargas, divulgou os resultados do levantamento de março. O Brasil saltou de 10° para 6° colocado entre os meses de fevereiro e março.
Na pesquisa, os países são classificados como de “baixo” a “extremo”, no índice de perigo. Com 3,7 de risco para o transporte de cargas, o país se enquadra na faixa “muito alto”, a duas posições do patamar mais grave. O indicador analisa áreas em guerra e locais onde as cargas podem sofrer prejuízos. No caso do Brasil, o principal risco citado é o roubo das cargas.
A escalada do país na tabela acontece desde janeiro deste ano, quando o índice marcava 3,4 pontos. O ganho de três décimos no ranking foi atribuído ao avanço da criminalidade nas principais rodovias que cortam os estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
No primeiro mês do ano a avaliação teve base as ocorrências no Rio de Janeiro, por meio de números divulgados pela Federação das Indústrias do estado (Firjan). A entidade aponta que em 2016 houve “aumento do profissionalismo das quadrilhas do crime organizado envolvidas e a extensão da corrupção”.
No total 48,47% das ocorrências brasileiras de roubo de cargas pertencem a São Paulo e 33,54% ao Rio de Janeiro. O relatório da JCC cita como vias paulistas mais perigosas, os trechos das rodovias como Anhanguera, Dutra, Régis Bittencourt, Bandeirantes e Castelo Branco.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo informou que “não comenta pesquisas cuja metodologia desconhece”, mas garante que vem adotando medidas no combate aos roubos e furtos de carga.
Confira o ranking mundial: http://watch.exclusive-analysis.com/jccwatchlist.html
Santo Anjo: 70 anos de história e segurança
Fundada em 1947, na cidade de Tubarão em Santa Catarina, a Santo Anjo da Guarda foi a primeira empresa do transporte rodoviário de passageiros a obter o registro no Departamento Regional de Rodagem- DNER, atual DNIT. Desde 2014, a Santo Anjo pertence ao grupo econômico formado pela VISATE, Sogil e Navegantes. Hoje, além do transporte rodoviário estadual em Santa Catarina, transporte rodoviário interestadual entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul, a empresa também atua no transporte de encomendas e transporte urbano na cidade de Imbituba.
Com matriz em Florianópolis desde 2015, a empresa conta com 260 funcionários, sendo 63 motoristas do transporte rodoviário e 24 do transporte urbano. A frota é composta por 64 ônibus, sendo 45 rodoviários e 19 urbanos. Mas como é manter a segurança nas estradas para uma empresa que começou há 70 anos?
“A Santo Anjo é reconhecida tanto por nossos motoristas quanto pelos clientes como uma empresa segura, que passa confiança por sua história e tradição no trajeto entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul”, comenta o diretor superintendente Carlos Henrique Pastro Pereira. Ainda segundo o diretor, “os treinamentos e conscientização dos motoristas são uma prática desde que a empresa foi fundada e vem sendo aprimorada ao longo dos anos”.
A área operacional é responsável pelo treinamento dos motoristas e os supervisores participam dos treinamentos. “Diariamente, pratica-se a manutenção preventiva. Já mensalmente, os instrutores realizam o treinamento em trânsito com os motoristas e ainda um treinamento para práticas de direção segura”, comenta Alessandra Corrêa, supervisora Comercial e Marketing. “Também há treinamento mensal para quem está retornando das férias, no qual a direção segura tem destaque”, completa ela.
A prática de prevenção foi intensificada em 2014 com a nova administração. “Entre os resultados alcançados estão as boas práticas de motoristas, alto desempenho alcançado na dirigibilidade dos condutores, alcance das metas relacionadas ao combustível e redução de 75% no número de manutenções em trânsito nos últimos anos. E o mais expressivo, o Zero Acidentes é uma realidade em todas as nossas operações”, destaca Luiz Fernandes, supervisor Operacional.
A meta da Santo Anjo agora é um reconhecimento formal dos motoristas que estão conseguindo manter o Zero Acidentes. A empresa está elaborando um projeto para reconhecimento formal dos motoristas que apresentarem melhor desempenho durante o ano. “Fazemos a nossa parte e queremos melhorar ainda mais, mas sabemos que sem a vontade e o engajamento de todos nada disso seria possível”, comentam os supervisores da área Comercial e Operacional.
Zero Acidentes: o exemplo de sucesso da empresa Pedra Branca
Com pouco mais de 10 mil habitantes, a cidade de Ibiraçu, a 70 quilômetros de Vitória, no Espírito Santo, pode ser considerada bem pequena. Mas o exemplo de Zero Acidentes que vem de lá é bem grande. Trata-se da empresa Pedra Branca Transportes, que acaba de completar 15 anos de fundação.
De 2015 para 2016, a empresa zerou o número de acidentes com seus veículos. “Até 2015, nossa média era de mais de um acidente por mês. Só em 2015, foram 13”, comenta Paulo Alves Ferreira, diretor administrativo financeiro. “E foi nesse mesmo ano que conheci o programa Zero Acidentes da Volvo, por meio de um seminário promovido pelo Programa Volvo de Segurança no Trânsito, e desde então tem sido uma inspiração para nós em todos os sentidos”, completa ele.
Com 49 funcionários, sendo 30 motoristas de caminhão, a empresa atua entre o Espírito Santo e todos os estados do Nordeste transportando ração animal e matéria-prima para a produção de cerâmica, além de cimento e louça sanitária. “As rotas dos nossos motoristas são consideradas bastante perigosas, principalmente no sul da Bahia, onde há ainda muitos registros de assaltos e roubos”, explica Ferreira.
O cenário de acidentalidade foi mudado com ações simples como a implantação da Campanha Zero Acidentes, que consiste no contato individual com todos os motoristas da empresa, a fim de conscientizá-los sobre os temas de maior risco no trânsito, além da adesivagem dos caminhões com o selo da iniciativa. “Conseguimos sensibilizar os nossos motoristas sobre a importância da segurança e obtivemos o comprometimento de cada um deles no que diz respeito à direção segura”, afirma o diretor. Cada caminhão trafega com o adesivo no qual está escrito:“Campanha Zero Acidentes. Faça parte você também, eu já faço”. Além disso, dentro da cabine há um lembrete sobre a família que está esperando por ele em casa.
Outro ponto fundamental no sucesso da Pedra Branca é o cumprimento à risca da Lei 13.130, a “lei do descanso”, que regulamenta o tempo de trabalho de motoristas de veículos de carga. “Nossos motoristas são orientados a não exceder a jornada de trabalho estipulada, bem como cumprir os descansos determinados. Mantemos uma manutenção criteriosa dos veículos e um rigoroso acompanhamento dos discos detacógrafos, o que é um dos pontos essenciais na gestão da segurança. Uma pena que ainda falte fiscalização adequada nas estradas, o que faz com que outros motoristas acabem se tornando um perigo para todos”, afirma Paulo.
Não há como contabilizar os ganhos da empresa com a Campanha, mas são inúmeros. “Além das vidas poupadas, ganhamos financeiramente com o não agravamento na apólice do seguro, deixamos de gastar com o conserto dos veículos e com cargas destruídas e não foram perdidas horas de trabalho com veículos parados. E, ainda mais, tivemos um ganho de imagem junto a nossos clientes e ao mercado em geral”, enumera o diretor.
Esse mês, um banner está exposto na empresa para comemorar os 15 anos da transportadora e um ano da Campanha Zero Acidentes . “Uma homenagem àqueles que fazem parte da nossa história e dessa conquista, que é de todos e para todos. E também uma forma de motivação para darmos continuidade a essa nova forma de trabalhar, VALORIZANDO A VIDA”, finaliza Paulo, que é também um dos quatro sócios da empresa e, antes disso, atuou como motorista de caminhão pelas mesmas estradas hoje percorridas por seus funcionários.
Treinamento é a alma do negócio
Criada em 1990, com sede em Curitiba, no Paraná, a Rimatur Transportes atua fortemente no transporte de funcionários de empresas e fretamento para viagens.
A frota atual é de 414 veículos entre vans, micro-ônibus e ônibus, com idade média de três anos. Esse é um dado que já dá uma ideia da preocupação da empresa com a segurança de seus motoristas, dos passageiros e do trânsito em geral.
De acordo com Emerson Imbronizio, diretor-presidente,“a empresa mantém uma média de 600 motoristas, treinados para atender os seus clientes com foco na excelência. Os treinamentos são ministrados por instrutores formados na área de transporte, vindos principalmente do SEST/SENAT,ou porinstrutor interno igualmente formado para o acompanhamento diário”.
Os treinamentos oferecidos aos motoristas focam: atendimento ao cliente, direção segura, direção econômica, legislação de trânsito, primeiros socorros e combate a incêndio, todos os temas com aulas teóricas e práticas. “Nosso objetivo é trazer à ciência o conhecimento e a responsabilidade do fazer bemfeito”, reforça Emerson.
Além disso, foi criada a campanha de incentivo “Motorista Nota 10”, na qual a Rimatur realiza semestralmente sorteios entre os motoristas que tiveram Zero Ausência no Trabalho, Zero Multa e Zero Acidentes. É a família do motoristacontemplado que recebe o prêmio das mãos do presidente da Rimatur. “É um momento de grande alegria das famílias que recebem o prêmio como reconhecimento às boas práticas adotadas no dia a dia do trabalho”, comenta Emerson.
“Mais do que ensinar, o treinamento para motoristas visa um processo de aperfeiçoamento contínuo”, dizArmelinda Michelan, gestora de RH. “Temos uma equipe especializada na criação, desenvolvimento e monitoramento de rotas, para as quais determinam inclusive as velocidades permitidas, sempre com olhos voltados para o bem-estar e segurança dos nossos clientes”, reforça Armelinda.
Há aproximadamente quatro anos, a Rimatur capacita e forma seus novos motoristas dentro da própria empresa. “Somos pioneiros nessa forma de capacitar motoristas sem experiência. O Programa de Formação do Motorista Profissional forma os nossos motoristas segundo o nosso DNA”, acrescenta Armelinda. Durante o período de preparação o candidato a motorista faz 8 horas de teoria e 52 horas de aulas práticas (na rua). Se aprovado, entra para o time Rimatur. O índice de aprovação é de 99%.
O treinamento na Rimatur é contínuo. No último ano, a média/mês foi de 182 motoristas treinados em um ou mais títulos, totalizando a média de 72 horas/mês de sala de aula, mais acompanhamento nas ruas. “Atribuímos a esta somatória de treinamentos e campanhas o sucesso na redução de sinistros, multas e reclamações”, afirma Armelinda.
Desde 2016, todo motorista ao retornar das suas férias passa, já no primeirodia de trabalho, por 8 horas de aula teórica,chamada de revisão de conteúdo. Dúvidas são sanadas e asregras de ouro da empresa são repassadas. É uma volta ao trabalho de forma leve e ao mesmo tempo educativa. “Atribuímos às horas de treinamentos a redução dos sinistros na casa dos 60%, no último ano. O gratificante nisso não é somente a redução dos custos, mas especialmente o cuidado com a vida que ocorre quando o motorista se conscientiza do seu valor, da importância para a sua própria família e para as demais”, atesta Michelan.
No dia 1º. de janeiro de 2017, mais um ciclo das campanhas de incentivo da Rimatur foi iniciado. “Esperamos reconhecer muitos mais motoristas na campanha de nesse ano, pois significa a compensação dos esforços da Rimatur em prol do Zero Acidentes no trânsito de ruas e estradas. E, consequentemente, a nossa contribuição para a preservação de vidas”, conclui o diretor-presidente.