Com o objetivo de conscientizar motoristas e o público em geral sobre a importância do sono e fadiga como causa de acidentes, a ABN (Academia Brasileira de Neurologia), em parceria com a ARTESP (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), a ABRAMET (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego) e a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) lançaram a campanha “Não dê carona para o sono” (www.naodecaronaaosono.com.br).

Uma pesquisa feita pela ABN, o CRM (Conselho Regional de Medicina) e a ABRAMET mostra que mais de 20% dos entrevistados costumam dirigir com sono. Quase 40% por cento dos entrevistados conhecem alguém que já se envolveu em acidente por esse motivo. Essa pesquisa também mostrou que mais de 10% dos entrevistados já fizeram ziguezague na estrada por causa do cansaço.

Segundo os dados do Atlas da Acidentalidade no Transporte Brasileiro, em 2015a causa mais letal dos acidentes foi a sonolência no volante. Apesar do número de acidentes provocados por motoristas com sono ser menor que por falta de atenção, quando eles acontecem são mais letais, com um índice de gravidade de 5,9.

Para a maioria das pessoas, dormir de sete a oito horas é o ideal. Até tem quem se sinta descansado com menos. Mas quatro, cinco, seis horas é pouco. E esse é o tempo de sono de mais da metade dos brasileiros.

Os sinais de sonolência todo mundo reconhece, mas dormir pouco pode mexer com capacidades que são pré-requisitos para dirigir. Por exemplo: avaliar a velocidade do seu carro, do carro da frente, de quem segue atrás, do caminhão que vem na pista contrária e aí, fazer uma ultrapassagem. Isso tudo, quem está ao volante tem que avaliar e decidir rápido. E não dá para errar.

Então, se tem que dirigir e o sono insiste em acompanhar, o melhor é dar uma pausa na viagem.