A partir desta semana e até o final de agosto, os caminhoneiros da Baixada Santista que prestam serviço no Porto de Santos poderão dar entrada no financiamento do Programa Renova SP diretamente no posto do Poupatempo Santos. Leia a notícia completa
O Renova São Paulo é um dos poucos programas estaduais de renovação de frota para caminhões. Enquanto o governo federal não define uma política nacional para renovação de frota, alguns estados procuram atuar de forma regional, tentando minimizar o problema.
Apesar de ser o quarto maior mercado automotivo do mundo, o Brasil ainda não tem uma política de reciclagem veicular. Veículos muito velhos poluem mais, andam mais devagar, gastam mais combustível por tonelada transportada e ainda colocam em risco a segurança própria e de terceiros.
Existem hoje mais de 200 mil caminhões com idade superior a 30 anos rodando pelas estradas brasileiras. Eles correspondem a 7% da frota circulante e estão envolvidos em 25% dos acidentes graves.
No final de novembro de 2013 um grupo de entidades representando setores como indústria automotiva, logística e siderurgia, entregou ao governo federal uma proposta de Programa Nacional de Renovação de Frota, com o objetivo de retirar de circulação, anualmente, 30 mil caminhões com mais de 30 anos.
O programa espera reduzir drasticamente o índice de acidentes, evitando milhares de mortes e feridos todos os anos – que só em 2012 geraram custos de R$ 4,9 bilhões ao INSS e ao SUS. Reduziria também os gigantescos congestionamentos frequentemente provocados por quebra ou acidentes e desenvolveria uma cadeia de reciclagem de componentes, evitando desperdícios e minimizando impactos ambientais.
O programa funcionaria da seguinte forma: o proprietário de um caminhão antigo entrega seu veículo em um centro de reciclagem e recebe um crédito tributário e um certificado de que o veículo foi destruído. Com esse documento ele pode adquirir um caminhão novo ou seminovo em condições especiais de financiamento com juros e valores mais atraentes.
Se colocado em prática, calcula-se que em oito anos a frota de veículos com mais de 30 anos esteja renovada, ao custo de R$ 900 milhões ao ano, via BNDES.
Haveria ainda uma segunda fase do programa, focada exclusivamente em ônibus, e uma terceira fase para veículos leves.