O Brasil na Conferência: foco em parcerias e troca de experiências
O Brasil estará presente na Conferência Global de Segurança Viária com representantes do Poder Executivo Federal, como também do Poder Legislativo, dos órgãos de trânsito estaduais e até mesmo de organismos não governamentais.
Para o Secretário Nacional de Transportes Terrestres, Marcello da Costa, que estará presente no evento, a Conferência é de alta importância para o Brasil. “Vamos trazer conhecimento e trocar experiências num tema que é prioritário em nossa agenda, inclusive através do Plano Nacional de Redução de Mortos e Lesões no Trânsito (PNATRANS)”, enfatiza.
Sobre a meta estabelecida para a Década da Segurança Viária (2011- 2020) o Secretário define como um objetivo bastante arrojado para um país heterogêneo como o Brasil. “Temos aqui uma grande diversidade cultural, econômica, social, climática, entre outros aspectos, fazendo com que a realidade do trânsito em uma região não seja igual a realidade de outra”. E acrescenta: “A proposta das Nações Unidas se tornou um desafio para todos os países. E, ainda que a meta não tenha sido totalmente alcançada, houve uma evolução significativa com relação à promoção da segurança viária no mundo todo”.
Ele ainda comenta que muito se avançou nos últimos anos com relação à segurança viária no país. “Notadamente, houve o aprimoramento da formação dos condutores, a conscientização da população com relação ao comportamento no trânsito, a disponibilização e uso de novos itens de segurança nos veículos, o avanço da fiscalização com resultados expressivos a partir da implantação da “lei seca”, entre outros fatores. “Pelos dados de mortalidade apresentados pelo Ministério da Saúde, por meio do DATASUS, verifica-se uma tendência nos últimos anos de redução das fatalidades no trânsito, fruto do aprimoramento legislativo e da implantação dos diversos programas (a exemplo do Vida no Trânsito e do Rodovida) seja em âmbito Federal, como também nos Estados e Municípios. Cada ente federativo possui uma parcela importante na melhoria da segurança viária no país”, enfatiza.
Sobre o posicionamento do Brasil no atingimento da meta da ONU, ele comenta: “ainda que, olhando de forma isolada e pontual, há municípios que conseguiram atingir a meta, infelizmente, em uma análise macro, ainda falta muito para atingir a meta de redução dos 50% de mortalidade decorrente de acidentes de trânsito. A redução nacional, entre 2011 e 2020, foi de cerca de 26%”, complementa.
No que diz respeito à pauta que o executivo federal leverá à conferência, ele esclarece que, “ temos interesse nas questões que envolvem a acidentalidade de motocicletas – em razão do crescimento nos últimos anos – e também na busca de parcerias com outros governos, no intuito de catalisar as ações de segurança de trânsito para que a taxa de mortalidade tenha um acentuado decréscimo nos próximos anos”.
Será apresentado à comunidade internacional as ações estabelecidas no PNATRANS e o desejo de aprofundar no programa sueco “Zero Acidente”, além de acompanhar as discussões em volta da tecnologia e regulamentação da automatização dos veículos.