A maior queda foi verificada nas coberturas por morte, de 19%, seguida de reembolso de despesas hospitalares (18%) e de invalidez permanente (13%).

No ano passado foram pagos R$ 3,3 bilhões em indenizações. A fiscalização dos órgãos de trânsito e leis mais rígidas são responsáveis pela diminuição, segundo o diretor-presidente da Seguradora, Ricardo Xavier. “Os efeitos da Lei Seca e a conscientização sobre o uso de equipamentos de segurança no trânsito já começam a fazer efeito. No entanto, nossas ruas, estradas e avenidas produzem por dia muitos feridos, inválidos e mortos todos os dias. Temos que investir agora na educação do cidadão no trânsito para que o número de acidentes reduza mais ainda”, afirma o presidente.

As motocicletas mantêm a liderança no tipo de veículo que provocou o acidente. As indenizações neste caso, que totalizam 497.009, correspondem a 76% do total pago em 2015. Destes, 83% provocaram algum tipo de invalidez permanente, 4% causaram mortes e 13% resultaram em reembolso de despesas hospitalares.

As indenizações pagas por acidentes de automóveis somam 19%, sendo 124.267 coberturas, no total. Caminhões e picapes figuram 3% (17.973) e os ônibus micro-ônibus e vans 2% (13.100).

Do total das indenizações, 64% (416.413) foram destinadas a motoristas, 18% (117.780) para pedestres e 18% (118.156) para passageiros. Ainda conforme o levantamento, 74% das vítimas indenizadas no ano passado são homens e 24%, mulheres. Em 51% dos casos, as vítimas tinham entre 18 e 34 anos.

A região Nordeste, que concentra 16,9% da frota nacional, corresponde a 33% (213.726) das indenizações pagas. A Sudeste, que tem 49,21% da frota, respondeu por 29% dos prêmios (192.613). Já a região Sul, que tem 19,69% da frota, correspondeu por 18% (116.613) das indenizações. As regiões Norte e a Centro-Oeste tiveram, cada uma, 10% (cerca de 65 mil) das indenizações do Seguro DPVAT em 2015, cada região conta com 5,08% e 9,10% da frota de automóveis nacional, respectivamente.

Arrecadação
O Seguro DPVAT gerou uma arrecadação e R$ 8,6 bilhões em 2015. Metade deste montante vai para a União automaticamente, assim que o segurado paga a apólice. Outros 54% vão para o Sistema Único de Saúde e 5% para o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Cada órgão recebeu R$ R$ 3,894 bilhões e R$ 432,8 milhões, respectivamente. Para a operação do Seguro DPVAT foram destinados R$ 4,3 bilhões, sendo sendo R$ 3,381 bilhões gastos com despesas de pagamento de indenizações. Ainda há despesas com a constituições de provisões técnicas para pagamento de indenizações futuras e despesas administrativas e com impostos, como PIS e COFINS. O lucro das seguradoras consorciadas é estabelecido por lei em 2%, que, depois do Imposto de Renda e da Contribuição Social, fica em 1,2%.