Os negócios eram reduzidos e portanto a competitividade não era exigida pela falta de concorrência.

Nessa época estamos falando de aproximadamente 80 montadoras espalhadas pelo mundo, a maioria localizada no ocidente.

A partir dos anos 80, teve início um maior alcance das operações e algumas montadoras começaram a se destacar, ao mesmo tempo em que a competitividade ia ganhando importância maior no negócio.

Por outro lado, um aspecto de muita relevância a partir dessa época, que ganhou destaque, foram os itens relacionados a segurança, inicialmente como segurança passiva de forma a reduzir os danos após um acidente, para a segurança ativa que ajuda a prevenir os acidentes. A Volvo sempre foi pioneira e líder em assuntos relacionados a segurança, sendo um de seus valores fundamentais.

A próxima etapa já em curso visa acidente “zero”com veículos Volvo a partir de 2020.

E nessa época, que sugeria maior competitividade, comprar mais barato através do volume e produzir mais para reduzir custos passa a ser fundamental.

A partir desse período várias fusões ou compras ocorreram.

Como alguns exemplos iniciais podemos falar da Daimler e Freightliner, Volvo e White, ambas nos EUA, Paccar também dos EUA, dona da Kenworth e Peterbilt e Foden (inglesa).

Nos anos 90 a consolidação aumenta com Renault, francesa e Mack americana, e na sequência Volvo sueca e Renault, Paccar e DAF holandesa, e nos EUA Freightliner, Western Star e Sterling (Daimler), entre outros.

Nesse período a quantidade de montadoras era reduzida para algo em torno de 40.

A partir de 2000, com o crescimento dos mercados asiáticos começa uma fase definitivamente global. Na Ásia, o Japão já fazia parte do grupo acima com as suas quatro montadoras. A Mitsubishi, agora com a Daimler, a Nissan Diesel (UD) com a Volvo, a Hino com a Toyota e a Isuzu, antes com a GM, agora com outras conexões.

O mercado mundial hoje está em torno de 2,5 milhões de unidades acima de 6 t, dos quais mais de 1 milhão só na China. Lá existem montadoras locais com grande capacidade de produção, que ao longo do tempo, com produtos mais modernos irão buscar a internacionalização. Além da China, a Índia e outros mercados asiáticos são importantes, que juntos equivalem ao mercado da Europa.

Essas são razões para o surgimento de várias Joint Ventures (J/V ou empreendimentos conjuntos) com as montadoras ocidentais para ter acesso à tecnologia e do outro lado acesso a esses grandes mercados.

Entre essas J/V temos a MAN com a CNHTC (Sinotruck), a Daimler com a BAIC (Foton) e a Volvo com a DFCV (Dongfeng).

A próxima etapa do processo de consolidação, em torno de 10-15 anos, deve contemplar os grandes “jogadores”mundiais, que deve ficar reduzido a pouco mais de 6 grupos e outras montadoras de grande capacidade com uma participação mais regional, incluindo mercados emergentes.

Numa próxima conversa podemos abordar capacidade de produção instalada e produção dos grandes grupos.

Abraço

sgomes

Sérgio Gomes