Seja qual for o tema que envolva a segurança nas vias e rodovias, o quesito manutenção correta do veículo sempre estará em primeiro lugar. Por isso, antes de falar de distância segura é preciso lembrar que as condições do veículo, como eficiência dos freios e conservação dos pneus, são determinantes para que o motorista possa trafegar com segurança e reagir bem em situações de risco.
Afinal, ninguém está livre de uma freada brusca do veículo da frente ou de uma ultrapassagem mal feita de quem vem logo atrás. A habilidade do motorista nesse caso está em dirigir defensivamente. E é aí que entra a distância segura, que pode ser definida como um espaço que permita ao motorista reagir e parar o veículo com segurança antes de qualquer obstáculo ou acontecimento inesperado.
Mas qual seria essa distância, é igual para todos? Não existe uma lei que determine isso, exceto a lei do um metro e meio que deve ser mantido na ultrapassagem de ciclistas. O que existe são cálculos e algumas orientações. “Entre os veículos de passeio, há a regra dos três segundos de distância do veículo da frente. Mas entre os veículos pesados como caminhões é preciso manter a distância mínima de 3 vezes o comprimento total do veículo”, comenta Oséias das Neves, da área de Desenvolvimento de Competências, da Volvo do Brasil. “Esse peso impulsiona o veículo para frente, o que fará toda diferença na hora em que o motorista precisar fazer uma frenagem de emergência. Por isso, meu conselho é manter uma distância, no mínimo, igual ao comprimento total do seu veículo”, completa ele.
Outro ponto importante é lembrar que a distância de um veículo para outro depende da velocidade em que se está dirigindo, ou seja, quanto maior a velocidade, maior deve ser a distância segura em relação ao outro veículo. Além disso, é preciso considerar a combinação dos fatores presentes em cada momento como chuva, neblina, grande volume de tráfego, más condições das estradas e possibilidade de animais na pista.
“A condução econômica programada também é outra aliada da segurança nas estradas. É comum o motorista imaginar que trafegar mais rápido é sinônimo de chegar antes sempre. Mas o que se comprova é que, com uma condução programada, pode-se dirigir mais devagar, com maior segurança e com uma velocidade menor, porém constante”, acrescenta Oséias.
O condutor do veículo da frente também pode tomar alguns cuidados para evitar acidentes com o veículo de trás: usar os retrovisores com frequência, se outro veículo “colar” atrás. Além de não fugir desse veículo acelerando, é indicado acionar a luz de freio, tocando de leve o pedal, diminuir a velocidade, sinalizar e facilitar a ultrapassagem. E, para completar, lembre-se que é importante que o motorista esteja em boas condições de saúde, não dirija sob efeito de medicação, alimente-se corretamente e realize testes de saúde regulares.